Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 26 de Maio de 2016 às 18:48

Pasta teve cortes acima da média, diz Breier

Miki Breier

Miki Breier


MARCO QUINTANA/JC
Lívia Araújo
Com um corte que diminuiu os recursos previstos para o Fundo Estadual de Assistência Social de R$ 8 milhões para R$ 2 milhões, o secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Miki Breier (PSB), afirma, após quase um ano e meio à frente da pasta, o desejo de ter tido acesso a um montante maior para os municípios gaúchos. "O contingenciamento foi acima da média do restante das secretarias", salienta. Mesmo com as restrições, faz um balanço positivo sobre a atuação da secretaria. "O acolhimento de familiares e pessoas que precisam fazer atendimento médico nas cidades-polo (RS Acolhedor) foi uma grande conquista", disse. O titular da pasta prepara-se para deixar o cargo em 31 de maio, para disputar a prefeitura de Cachoeirinha. A indicação do partido para substituir Miki Breier, que voltará ao posto de deputado estadual, é de seu suplente na Assembleia Legislativa, Catarina Paladini (PSB).
Com um corte que diminuiu os recursos previstos para o Fundo Estadual de Assistência Social de R$ 8 milhões para R$ 2 milhões, o secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Miki Breier (PSB), afirma, após quase um ano e meio à frente da pasta, o desejo de ter tido acesso a um montante maior para os municípios gaúchos. "O contingenciamento foi acima da média do restante das secretarias", salienta. Mesmo com as restrições, faz um balanço positivo sobre a atuação da secretaria. "O acolhimento de familiares e pessoas que precisam fazer atendimento médico nas cidades-polo (RS Acolhedor) foi uma grande conquista", disse. O titular da pasta prepara-se para deixar o cargo em 31 de maio, para disputar a prefeitura de Cachoeirinha. A indicação do partido para substituir Miki Breier, que voltará ao posto de deputado estadual, é de seu suplente na Assembleia Legislativa, Catarina Paladini (PSB).
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, o secretário também avalia que o descontentamento inicial do PSB com o espaço obtido no governo José Ivo Sartori (PMDB) foi superado. "Hoje, creio que o PSB se sente contemplado, nossa bancada tem sido fiel", diz, enfatizando a presença da sigla como aliada de primeira hora na campanha do peemedebista. "Quando nem mesmo os correligionários do governador Sartori acreditavam na possibilidade da sua vitória, nós estávamos desde o início juntos e acreditando que era possível ganhar a eleição", relembra.
Jornal do Comércio - Qual seu balanço da gestão à frente da secretaria?
Miki Breier - Estou contente, porque cumpri um papel em uma secretaria importante do Estado; nesse um ano e cinco meses que teremos ficado à frente da secretaria, tivemos uma boa relação com o Conselho Estadual de Assistência Social, com o Conselho de Segurança Alimentar, realizamos alguns projetos importantes de capacitação e formação, e fizemos sair do papel aquele tão falado projeto que substitui os albergues dos deputados, que a gente está chamando de RS Acolhedor, e que, na verdade, é o acolhimento de familiares e pessoas que precisam fazer atendimento médico em cidades-polo. Isso foi uma grande conquista da secretaria. Ficamos muito contentes de poder viabilizar isso, começando por Porto Alegre - é claro que queremos que o projeto seja estendido para outras cidades-polo do Estado. Enfim, acredito que, nesse período, fizemos um trabalho bastante qualificado, claro que com poucos recursos, com contingenciamento e a crise, de um modo geral.
JC - A propósito da crise financeira do Rio Grande do Sul, como a secretaria lidou com o contingenciamento de recursos?
Miki Breier - Agimos com muita transparência. É claro que os municípios esperavam mais na questão do cofinanciamento pelo Fundo Estadual de Assistência Social. Fiz uma autocrítica muito forte em nome do governo. Creio que o contingenciamento do nosso fundo foi um pouco exagerado, na minha avaliação: a previsão era de R$ 8 milhões e acabou sendo contingenciado para R$ 2 milhões, depois tivemos algumas dificuldades, enfim... foi acima da média do restante das secretarias.
JC - Como está a questão da aliança do PSB com o governo Sartori? No início da gestão, houve queixa do partido com o pequeno espaço obtido no governo, ainda mais na condição de aliado de primeira hora na campanha. Ainda restou algum descontentamento?
Miki Breier - É claro que, sempre na montagem de um governo, especialmente como aconteceu aqui no Rio Grande do Sul na última eleição, nós ficamos um pouco descontentes no início, pela forma como o PSB foi tratado, pelos espaços que nós acabamos conquistando, exatamente pela fidelidade que teve, pela presença que o PSB teve desde o início. Quando nem mesmo os correligionários do governador Sartori acreditavam na possibilidade da sua vitória, nós estávamos desde o início juntos e acreditando que era possível ganhar a eleição. Entendíamos, naquele momento, que poderíamos ter um espaço um pouco mais qualificado. Mas creio que isso foi um momento da formação... a disputa por espaço é legítima na política, a gente tem que querer contribuir com aqueles governos que ajudamos a eleger, mas isso passou. Hoje, creio que o PSB se sente contemplado, nossa bancada tem sido fiel, na grande maioria dos projetos viemos juntos, fechados, os três deputados... creio que estamos contribuindo para que o Estado melhore. Acredito que o governo poderia ter um pouco mais de diálogo. Há um centro de governo, que às vezes toma decisões sem diálogo com o restante do governo. Isso sempre pode ser aprimorado, e no governo Sartori isso não é diferente.
JC - Como crê que as campanhas serão neste ano, com a mudança no sistema de doações eleitorais?
Miki Breier - Creio que todos os candidatos, tanto a vereador como a prefeito, têm que compreender que, de fato, o Brasil está mudando. Além da questão das mudanças da legislação eleitoral, tem a questão da crise política, crise de autoridade e confiabilidade da população em relação aos políticos e ao processo eleitoral. Então, creio que essa retirada da pessoa jurídica (das doações), por um lado, coloca um nivelamento, uma equidade entre as candidaturas. Isso força os candidatos a ficarem mais próximos da população e dialogando com mais transparência, discutindo os projetos para o futuro e sem o gasto exorbitante que vemos em muitas campanhas no Brasil. São gastos estratosféricos. Por outro lado, esse período mais curto de campanha também faz com que as pessoas tenham de caminhar mais. O período da pré-campanha também ficou maior... já se tem que circular, se reunir com a comunidade. Creio que vai deixar a campanha mais barata, mais "pé no chão", e creio que a população quer isso mesmo.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO