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Política

- Publicada em 09 de Maio de 2016 às 18:56

Mantega é conduzido coercitivamente a depor na Zelotes

Ex-ministro da Fazenda dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), Guido Mantega declarou à Polícia Federal, ontem, que manteve "relações comerciais" com o empresário Victor Sandri, do grupo Cimento Penha.
Ex-ministro da Fazenda dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), Guido Mantega declarou à Polícia Federal, ontem, que manteve "relações comerciais" com o empresário Victor Sandri, do grupo Cimento Penha.
Mantega foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal (PF) em São Paulo para depor na Operação Zelotes, que investiga suposta manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), braço do Ministério da Fazenda que julga recursos de empresas contra multas aplicadas pelo Fisco. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro. Em depoimento que se arrastou por mais de duas horas, Mantega respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas pela PF.
Sobre a ligação com Sandri que teria sido beneficiado por um julgamento do Carf , o ex-ministro declarou que o conheceu na década de 1990, "por ocasião de um negócio imobiliário". "Eu sequer era ministro da Fazenda", disse Mantega.
O ex-ministro relatou que herdou do pai dois terrenos na Vila Olímpia, "na ocasião, em pleno desenvolvimento". "Sandri era dono de uma construtora e me consultou sobre a possibilidade de fazermos uma incorporação. Eu daria os meus terrenos e receberia em pagamento algumas unidades do edifício que iria ser construído." Segundo ele, a primeira operação, com um dos terrenos, foi executada por volta de 1990. A outra, alguns anos depois. "Foi um relacionamento estritamente profissional."
Ele esclareceu que as nomeações para o Carf são atribuição do titular da Fazenda e acrescentou que muitos fatos que estão sob investigação da Zelotes foram apurados pela Corregedoria que ele implementou. O advogado de Mantega, Guilherme Batochio, classificou a condução coercitiva do ex-ministro como "ato arbitrário e ilegal".
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