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Crise Política

- Publicada em 02 de Maio de 2016 às 19:41

Dilma tenta desequilibrar orçamento, afirma Jucá

Romero Jucá se referiu sobre as propostas apresentadas

Romero Jucá se referiu sobre as propostas apresentadas


EVARISTO SA/AFP/JC
Apontado como futuro ministro do Planejamento de um eventual governo Michel Temer (PMDB), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) criticou ontem as medidas anunciadas no domingo pela presidente Dilma Rousseff (PT). Na avaliação do parlamentar, o governo da petista tenta desequilibrar o orçamento e as contas públicas com as propostas apresentadas.
Apontado como futuro ministro do Planejamento de um eventual governo Michel Temer (PMDB), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) criticou ontem as medidas anunciadas no domingo pela presidente Dilma Rousseff (PT). Na avaliação do parlamentar, o governo da petista tenta desequilibrar o orçamento e as contas públicas com as propostas apresentadas.
Domingo, no Dia do Trabalho, Dilma anunciou em São Paulo o reajuste médio de cerca de 9% do Bolsa Família e propôs reajuste de 5% da tabela do Imposto de Renda (IR) a partir de 2017. Anunciou ainda a proposta de contratação de ao menos 25 mil moradias do "Minha Casa Minha Vida Entidades", com os movimentos do campo e das cidades.
"O governo perdeu o parâmetro de qualquer conta e está executando despesas numa tentativa de desequilíbrio do orçamento público", afirmou Jucá ao chegar para reunião na residência oficial do vice. Além dele, participam do encontro outros possíveis ministeriáveis, como Henrique Meirelles (Fazenda), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Moreira Franco (Infraestrutura) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).
Questionado se encarava as medidas como uma "vingança" de Dilma, Jucá desconversou. Afirmou que qualquer eventual ação de vingança não seria feita contra políticos, mas teria efeito sobre a vida dos brasileiros. "Qualquer ação de vingança não está sendo feita em cima de políticos. O resultado negativo da economia impacta a vida da sociedade brasileira", declarou o senador.
Jucá disse que a reunião desta segunda-feira será para avaliar como vai evoluir o quadro econômico brasileiro diante das medidas anunciadas por Dilma. Segundo ele, é preciso ver se o aumento de impostos proposto por Dilma terá efeito prático no aumento da arrecadação. Ele lembrou que, "às vezes", acontece o contrário: aumento de impostos reduz a arrecadação.
Apontado como futuro ministro-chefe da Casa Civil de Temer, Eliseu Padilha (PMDB) também criticou as medidas anunciadas por Dilma. Lembrando declaração do secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, Padilha afirmou que as propostas são "absolutamente impossíveis" de serem executadas. Segundo ele, a reunião tratará das "primeiras ideias" do grupo econômico, que "alguém vai verbalizar" no futuro.
Na entrevista, Padilha afirmou ainda que Temer já tem "na cabeça" o nome predileto para o Ministério da Justiça, mas não revelou qual. Até a semana retrasada, a intenção de Temer era colocar na pasta o advogado e amigo Antônio Carlos Mariz. Após entrevistas em que o advogado criticou a Operação Lava Jato, circularam informações de que o vice-presidente teria descartado o nome do jurista. No entanto, Temer chegou a divulgar uma nota dizendo que não houve convite e portanto seu nome não poderia ter sido "eliminado".

Michel Temer pede orações pelo Brasil e por ele mesmo

Em vídeo divulgado ontem o vice-presidente da Michel Temer (PMDB) pediu, ao lado do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), "orações pelo Brasil" e por ele mesmo para unir novamente o País.
"Quero pedir as suas orações pelo Brasil. Quero pedir suas orações, se me permitem, para mim mesmo, e quero, mais uma vez, pregar a pacificação do País", disse Temer.
A gravação, de aproximadamente dois minutos, foi exibida durante uma pregação do pastor Marco Feliciano no 34º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários em Balneário Camboriú, Santa Catarina, e foi postada ontem no YouTube.
"Nos últimos tempos tem sido muito pregada a desunião no Brasil, brasileiros contra brasileiros, que, na verdade, desautorizam qualquer proposta de harmonia no nosso país. E nós, que somos religiosos, queremos fazer uma religação dos brasileiros com muita oração" disse Michel Temer, no vídeo.

Camánha salarialPsalarias pode 'repercutir em apuração sobre PT, avisam policiais

Em campanha salarial, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) afirmou em nota oficial que a eventual resistência do governo em atender os pleitos da entidade pode gerar impactos nas investigações de corrupção relacionadas a lideranças do PT, partido da presidente Dilma Rousseff.
O comunicado, emitido nesta segunda-feira diz que, se a decisão do Executivo federal descontentar os policiais federais, "analistas da PF" preveem "uma onda de revolta da categoria em relação ao PT, o que poderá repercutir até nas investigações de corrupção envolvendo lideranças do partido".
O texto não especifica quem são os especialistas responsáveis pela previsão. A Federação também relaciona o comportamento do governo diante das reivindicações com as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto.
"Um resultado desfavorável (à Fenapef) poderá levar os policiais federais a manifestações nacionais, com pedido de apoio à população, bem como estabelecerá um ambiente de descontentamento tão grande que poderá comprometer a segurança dos jogos olímpicos", adianta o texto.

PGR pede novos inquéritos ao STF

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a abertura de mais um inquérito contra o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT), e uma nova investigação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os dois pedidos são baseados na delação premiada do senador Delcídio Amaral e se desdobram da Operação Lava Jato. Ambos já são investigados atualmente - Edinho é alvo de um inquérito com base na delação de Ricardo Pessoa, enquanto Cunha responde a cinco procedimentos (duas denúncias e três inquéritos). Caso Teori Zavascki aceite a abertura dos novos inquéritos, será o segundo contra Edinho e o sexto contra Cunha. No caso de Edinho, a nova investigação está relacionada ao relato de Delcídio de que o ministro o orientou a receber, via caixa-2, o pagamento de dívidas de campanha de R$ 1 milhão por meio de um laboratório farmacêutico, a EMS.

Vamos aplicar prova de democracia e cidadania no Congresso, diz Mercadante

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), afirmou nesta segunda-feira que as questões de democracia e cidadania tiveram o maior índice de acerto no primeiro simulado online do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Vamos aplicar essa prova no Congresso Nacional”, ironizou, em clara alusão ao processo de impeachment. A declaração foi dada em encontro com jornalistas na reitoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Mercadante se mostrou também muito preocupado com o fato de que estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais foram impedidos de realizar uma assembleia para debater o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “"Em meu tempo, existia DOI-Codi e outros órgãos de repressão. Hoje temos a liberdade que conquistamos e não podemos admitir que estudantes não possam debater temas atuais”, afirmou.
Quando perguntado sobre sua posição pessoal a respeito da possibilidade de convocação de novas eleições gerais, ele afirmou que só responderia sobre temas relativos à sua pasta. Momentos antes, entretanto, disse que na democracia os resultados de uma eleição presidencial precisam ser respeitados e só com votação direta um presidente poderia ser trocado por outro.
“Vamos lutar pelo nosso legado na Educação até o fim. E não vamos permitir retrocesso”, afirmou o ministro da Educação.