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Internacional

- Publicada em 15 de Maio de 2016 às 21:31

Maduro ameaça tomar fábricas ociosas e prender proprietários

Manifestantes lotaram as ruas de Caracas em protesto contra o governo

Manifestantes lotaram as ruas de Caracas em protesto contra o governo


FEDERICO PARRA /AFP/JC
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou tomar fábricas ociosas e prender seus donos após um decreto que garantiu a ele poderes ampliados para agir no enfrentamento da profunda crise econômica pela qual passa o país. Enquanto Maduro advertia o empresariado, a oposição alertava o presidente que, caso ele tente bloquear a realização de um referendo revogatório, a sociedade poderia "explodir".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou tomar fábricas ociosas e prender seus donos após um decreto que garantiu a ele poderes ampliados para agir no enfrentamento da profunda crise econômica pela qual passa o país. Enquanto Maduro advertia o empresariado, a oposição alertava o presidente que, caso ele tente bloquear a realização de um referendo revogatório, a sociedade poderia "explodir".
Falando a simpatizantes na capital, Caracas, o presidente defendeu "todas as ações para recuperar o aparato de produção, que está sendo paralisado pela burguesia". Ele também disse que os empresários que "sabotam o país" ao travar a produção em suas fábricas correm o risco de serem "colocados em algemas".
No mês passado, o maior distribuidor de alimentos e bebidas do país, Empresas Polar, encerrou os trabalhos na sua última fábrica de cerveja, alegando que não estava sendo capaz de ter acesso à moeda forte para comprar matérias-primas. Maduro acusa a Polar e outras empresas de tentar desestabilizar financeiramente o país, intensificando a escassez de vários bens, de gêneros alimentícios a medicamentos e papel higiênico.
No sábado, multidões anti e pró-governo duelaram em Caracas, em manifestações a favor e contra uma tentativa de retirar o presidente do poder. Oponentes de Maduro exigiam que o Conselho Nacional Eleitoral validasse cerca de 1,8 milhão de assinaturas recolhidas em favor do referendo revogatório, permitindo, assim, que o processo avance. "Se você obstruir o caminho democrático, não sabemos o que pode acontecer neste país", disse o líder da oposição, Henrique Capriles, em um comício. "A Venezuela é uma bomba que poderia explodir a qualquer momento."
Do outro lado da cidade, o aliado de Maduro Jorge Rodriguez prometeu que não haveria referendo. "Eles pegaram assinaturas de pessoas mortas, menores e estrangeiros em situação irregular", disse. Os líderes da oposição negam qualquer fraude nas assinaturas.
Um decreto de sexta-feira prorrogou por 60 dias poderes excepcionais de Maduro para resolver a crise econômica. A Venezuela está sofrendo vários problemas financeiros, incluindo uma inflação galopante, em um momento de baixa dos preços do petróleo, a pedra angular de sua economia. Líderes da oposição acusam Maduro e seu antecessor, o falecido presidente Hugo Chávez, de má administração da economia. Maduro alega que os interesses da política conservadora estão travando o que ele chama de "guerra econômica" visando sua expulsão.
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