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Internacional

- Publicada em 05 de Maio de 2016 às 15:02

Primeiro-ministro renunciará ao cargo

Convenção para escolher novo líder do AKP ocorrerá em três semanas

Convenção para escolher novo líder do AKP ocorrerá em três semanas


ADEM ALTAN/jc
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, abrindo caminho para que o presidente do país, Recept Tayyip Erdogan, amplie seu poder. "Decidi que, pela unidade do partido, uma mudança na liderança seria o mais apropriado. Não pretendo disputar o congresso do dia 22 de maio", afirmou Davutoglu. "Estou dizendo aos membros do nosso partido: até agora, eu liderava vocês; de agora em diante, estarei no meio de vocês."
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, abrindo caminho para que o presidente do país, Recept Tayyip Erdogan, amplie seu poder. "Decidi que, pela unidade do partido, uma mudança na liderança seria o mais apropriado. Não pretendo disputar o congresso do dia 22 de maio", afirmou Davutoglu. "Estou dizendo aos membros do nosso partido: até agora, eu liderava vocês; de agora em diante, estarei no meio de vocês."
A saída, no entanto, não é imediata. Em três semanas, uma convenção de emergência do partido AKP (de Erdogan e Davutoglu) deverá escolher uma nova liderança para a legenda e um novo primeiro-ministro. Quando foi eleito presidente do país em 2014, Erdogan escolheu Davutoglu como premiê e líder do partido. Era esperado que o novo primeiro-ministro atuasse como um coadjuvante, enquanto Erdogan se dedicava a conferir maiores poderes para o cargo, hoje solene, de presidente da Turquia.
Erdogan pressiona por uma mudança na Constituição para mudar o sistema político turco para o modelo presidencial, escanteando ainda mais a figura do premiê. A renúncia é consequência das inconciliáveis diferenças entre Davutoglu e Erdogan.
É provável que o sucessor do primeiro-ministro, tido como mais moderado em relação ao presidente, seja mais receptivo à ideia do presidencialismo, uma mudança que pode trazer ainda mais autoritarismo ao país, avaliam críticos de Erdogan. Também houve divergência entre os dois políticos do AKP a respeito de conversas de paz com a milícia PKK, em confronto com o governo turco, e sobre prisões de jornalistas e acadêmicos anteriores a julgamentos.
O anúncio das mudanças no partido vem no dia seguinte à vitória do governo turco, que conseguiu que a Comissão Europeia recomendasse o fim da necessidade de vistos na Europa para viajantes da Turquia. De saída, Davutoglu prometeu lealdade a Erdogan. "Não tenho censura, raiva ou ressentimento contra ninguém", disse o premiê.
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