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Trânsito

- Publicada em 10 de Maio de 2016 às 22:27

Em 5 anos, Estado evitou a morte de 972 pessoas

De 2010 para 2015, acidentes com óbitos caíram 20% no Estado

De 2010 para 2015, acidentes com óbitos caíram 20% no Estado


JONATHAN HECKLER/JC
O objetivo da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, estabelecido em 2011 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas (ONU) era claro: reduzir o número de mortes no trânsito em 50% até 2020. Em cinco anos, o Rio Grande do Sul mostrou que caminha na direção certa. Entre 2010 e 2015, o número de mortes vem caindo. Na comparação entre os períodos, o primeiro registrou 1.948 mortes e o segundo, 1.735 - uma redução de 20%. No mesmo período, a frota cresceu 32% (1,5 milhão de veículos) e o número de habilitados, 19% (750 mil condutores). A redução entre 2014 e 2015 é ainda mais significativa: de 2.026 mortes em 2014, o número caiu para 1.735 em 2015, uma queda de 14,4%.
O objetivo da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, estabelecido em 2011 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas (ONU) era claro: reduzir o número de mortes no trânsito em 50% até 2020. Em cinco anos, o Rio Grande do Sul mostrou que caminha na direção certa. Entre 2010 e 2015, o número de mortes vem caindo. Na comparação entre os períodos, o primeiro registrou 1.948 mortes e o segundo, 1.735 - uma redução de 20%. No mesmo período, a frota cresceu 32% (1,5 milhão de veículos) e o número de habilitados, 19% (750 mil condutores). A redução entre 2014 e 2015 é ainda mais significativa: de 2.026 mortes em 2014, o número caiu para 1.735 em 2015, uma queda de 14,4%.
O diretor-geral do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), Ildo Mário Szinvelski, atribui a redução à fiscalização, à educação no trânsito e à punição dos infratores. "Nunca se puniu tanto. A sociedade não suporta mais esses índices de acidentalidade", comentou o diretor em solenidade realizada ontem, no Palácio Piratini, para apresentar o balanço dos cinco primeiros anos da década. De fato, em 2015, foram realizadas 80.862 abordagens na Balada Segura em todo o Estado, resultando em 31.943 autuações. Em 2011, foram apenas 5.320 abordagens e 2.142 autuações.
Quando a meta da ONU foi estabelecida, considerou-se a tendência crescente de óbitos vista no mundo todo. Para o Rio Grande do Sul, a projeção era de que, em 2015, o número de mortes chegaria a 2.707 e, em 2020, 3.224. Para evitar esse cenário, a intenção era que o Estado reduzisse, até o ano passado, 31% das mortes. O Rio Grande do Sul ultrapassou essa meta e preservou, com relação à previsão, 972 vidas, resultando em uma queda de 36% no número de óbitos no período. "Atingimos nosso objetivo. Mas, enquanto houver uma morte que seja, precisaremos melhorar. O Rio Grande do Sul está no caminho certo. Matar e ferir no trânsito não tem diferença de qualquer outro crime de homicídio", pondera Szinvelski.
Depois da apresentação dos dados, os novos integrantes do Comitê Estadual de Mobilização pela Segurança no Trânsito tomaram posse. Eduardo Olivera, secretário estadual da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos, explica que a ideia é que o comitê adquira formato itinerante, alcançando comunidades do Interior do Estado. "Buscamos integrar toda a comunidade de trânsito que faz parte dessa luta pela redução. Queremos que o governo saia de dentro do Palácio e busque as Câmaras de Vereadores, por exemplo, para promover mudanças reais na vida do cidadão."
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Mudança passa por leis mais rigorosas, diz diretor-geral do Detran

Na quinta-feira passada, foi publicada, no Diário Oficial da União, a Lei nº 13.281, que altera o Código de Trânsito Brasileiro. As principais mudanças dizem respeito aos reajustes de 66% no valor das multas leves e de 53% nas multas médias, graves e gravíssimas. Os fatores multiplicadores previstos para algumas infrações mais graves incidem, agora, sobre os novos valores. Por exemplo, a multa prevista para quem dirige embriagado, que é gravíssima e possui fator multiplicador de dez, sobe de R$ 1.915,40 para R$ 2.923,30. Os novos valores entram em vigor em novembro.
Para o diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, as mortes, que ocorrem principalmente aos fins de semana, não são meros acidentes. "São atos de irresponsabilidade, que poderiam ser evitados se fossem adotadas medidas preventivas", argumenta. Para ele, o maior rigor das leis é importante para causar mudanças e transformações comportamentais. "Além das multas, é preciso suspender e cassar o direito de dirigir. Se isso não for suficiente, passar para a penalização." Em 2011, foram instaurados 28.168 processos de suspensão e cassação no Estado. Em 2015, o total subiu para 59.887.
A nova lei altera 28 artigos e inclui seis novos dispositivos. Uma das mudanças é a inclusão do uso do telefone celular, de forma explícita. O inciso V prevê infração média para quem dirigir com apenas uma das mãos. A conduta passou a ser gravíssima caso o condutor esteja segurando ou manuseando o celular, passível de multa de R$ 293,47.
A recusa ao etilômetro, muitas vezes recomendada para que o condutor se livre de processo penal, agora se torna infração formal e enquadra o infrator na mesma situação do condutor que se submete ao teste e tem resultado positivo. Além disso, o processo de suspensão também ficou mais célere, uma vez que será instaurado concomitantemente à aplicação da multa, reduzindo o tempo de tramitação para a penalização do infrator. O prazo de suspensão para quem atingia os 20 pontos era de um a 12 meses. Na nova lei, esse prazo parte de seis meses e vai até um ano.

Porto Alegre tem 38 no-breaks em semáforos de cruzamentos

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já instalou no-breaks nos semáforos de 38 importantes cruzamentos da Capital. Os novos equipamentos, em funcionamento desde o final de abril e início de maio, estão localizados nos cruzamentos entre as avenidas Baltazar de Oliveira Garcia e Manoel Elias, avenida Dante Ângelo Pilla e rua Cláudio Cavalheiro Gonçalves, Baltazar de Oliveira Garcia e rua Dezidério Severino e avenidas Cavalhada e Otto Niemeyer.
A função do no-break é permitir o funcionamento das sinaleiras mesmo com problemas de energia. A instalação faz parte de um projeto da EPTC para qualificar o sistema semafórico da cidade, oferecendo maior organização e segurança, tanto para pedestres, quanto para motoristas. Mais 12 cruzamentos receberão os equipamentos nos próximos dias.
Quando faltar energia, o no-break é acionado automaticamente, mantendo em pleno funcionamento os semáforos por até duas horas. Nos cruzamentos onde não há os no-breaks, quando falta energia, são necessários, em média, seis agentes de trânsito para administrar o tráfego de veículos e a circulação de pedestres e ciclistas.