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AUTOMOTIVO

- Publicada em 15 de Maio de 2016 às 01:59

Esperança de incremento nas exportações

Desaquecimento da economia levou o foco para as vendas externas, impulsionadas pela desvalorização do dólar e novos acordos comerciais

Desaquecimento da economia levou o foco para as vendas externas, impulsionadas pela desvalorização do dólar e novos acordos comerciais


JOÃO ALVES/JAPRO /DIVULGAÇÃO/JC
O abalo na confiança do consumidor diante da instabilidade do País fez acender a luz vermelha na indústria automotiva e reflete na prospecção de cenário positivo para os próximos meses. Somados ao fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015, os índices setoriais retraíram 22,8% na produção de autoveículos nos últimos 12 meses - 2,43 milhões unidades no ano passado e 3,15 milhões em 2014 - e de 27,8% nos primeiros três meses de 2016 - 482,3 mil unidades contra 667,6 mil em 2015. No entanto, a expectativa de mudanças políticas traz esperança às montadoras de melhorar o cenário e incrementar vendas e exportações.
O abalo na confiança do consumidor diante da instabilidade do País fez acender a luz vermelha na indústria automotiva e reflete na prospecção de cenário positivo para os próximos meses. Somados ao fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015, os índices setoriais retraíram 22,8% na produção de autoveículos nos últimos 12 meses - 2,43 milhões unidades no ano passado e 3,15 milhões em 2014 - e de 27,8% nos primeiros três meses de 2016 - 482,3 mil unidades contra 667,6 mil em 2015. No entanto, a expectativa de mudanças políticas traz esperança às montadoras de melhorar o cenário e incrementar vendas e exportações.
Os licenciamentos de veículos novos no primeiro trimestre, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), retraíram 28,6% (481,3 mil carros contra 674,4 mil vendidos no ano passado). Já os índices de 2015 da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram queda acumulada de 21,85% na soma de todos os segmentos. Segundo Luiz Moan Yabiku Junior, que presidiu a Anfavea até abril, a espera por definições políticas acarretou queda nas vendas. "O cenário de 2015 contribuiu para a redução da confiança de consumidores e investidores. A consequência foi o adiamento da compra."
Com o desaquecimento da economia, o foco recaiu sobre as exportações, impulsionadas pela desvalorização do dólar e novos acordos comerciais. Com isso, houve aumento de 24,8% nas vendas externas em relação a 2014, com 417 mil unidades indo para fora do País. Para 2016, Moan prevê incremento de 8,1% nas exportações e estabilidade da cadeia, com aumento de 0,5% na produção. Até março de 2016, as exportações já somavam 98,9 mil unidades, 24% a mais do que em 2015. "Acreditamos no aumento das exportações, pelo esforço em expandir negócios em um momento cambial oportuno, e projetamos redução dos importados. Esses fatores, estabilidade econômica, mais dias úteis e lançamentos nos levam a crer em aumento da produção, mesmo com alguma retração do licenciamento", almeja.
Pesquisa da Fenabrave mostrou que as montadoras atingiram, em março, a maior ociosidade desde 2001. A utilização da capacidade ficou em 62,4%, ociosidade de 37,6%, pela falta de reação nas vendas e retração de 31% do setor no primeiro bimestre de 2016. Apesar disso, a entidade aposta em recuperação, condicionada às mudanças políticas. No Estado, a distribuição de veículos retraiu no ano passado 29,63% em relação a 2014, em todos os segmentos. Já no primeiro trimestre deste ano, reduziu 26,88% na comparação com 2015. Segundo o presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS, Fernando Esbroglio, o setor também foi prejudicado pelo aumento do ICMS e das taxas de transferência de veículos. A expectativa para o primeiro semestre ainda é baixa, mas definições políticas são aguardadas com otimismo. "O importante é trazer a confiança do consumidor de volta. As pessoas estão inseguras com financiamento e comprometimento da renda, e até quem tem dinheiro mantém os veículos por mais tempo", analisa.

Tecnologia e segurança para fidelizar clientes na crise

Focados em produtos com design, preço competitivo, qualidade, tecnologia e segurança

Focados em produtos com design, preço competitivo, qualidade, tecnologia e segurança


JOÃO ALVES/JAPRO /DIVULGAÇÃO/JC
Apesar de fabricar o modelo mais vendido no País no ano passado, o Onix, a General Motors (GM) amargou queda de até 50% no acumulado de veículos comercializados no Brasil entre 2014 e 2015, em comparação com 2013, ano do pico de vendas. Para minimizar os efeitos da retração, apostou no ajuste de funcionários em todas as unidades e na revisão dos custos, e trabalha a fidelização dos clientes para atravessar a tormenta do mercado.
De acordo com o vice-presidente da GM do Brasil, Marcos Munhoz, a montadora segue apostando no mercado brasileiro e em alternativas administrativas que permitam driblar a instabilidade. "A GM tem compromisso de buscar soluções que garantam a sustentabilidade do negócio a longo prazo, porque acredita na superação dos desafios e no potencial do mercado brasileiro", destaca. Prova disso é que mantém o plano de injetar R$ 13 bilhões no País até 2019, principalmente na atualização da linha de produtos e de tecnologias de conectividade e eficiência energética. Os investimentos vêm sendo feitos desde 2014. A empresa admite que tem feito o possível para minimizar cortes de funcionários, adotou férias coletivas, suspensão temporária de contratos (lay-off) e até demissão voluntária. No entanto, em 29 de abril, comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí a dispensa de 300 funcionários que trabalhavam no terceiro turno da unidade gaúcha e estavam em lay-off de 1 de dezembro de 2015 a 30 de abril de 2016. Em nota à imprensa, a montadora destacou que não houve a "esperada recuperação do mercado" e afirmou que mais da metade dos empregados em lay-off retornou ao trabalho.
Sem perspectivas otimistas para o ano, Munhoz revela que o norte da GM no Brasil está na satisfação e fidelização dos clientes. "Estamos focados em aumentar vendas entregando produtos com design, preço competitivo, qualidade, tecnologia e a segurança que os nossos clientes procuram", explica. Prova disso é o recorde de vendas do Onix - 125,9 mil unidades emplacadas em 2015 -, produzido em Gravataí. A implantação do sistema OnStar nas linhas do Cruze, do Cruze Sport6 e do Novo Cobalt também merece destaque. Entre as inovações do serviço estão notificação de roubo e acidentes.