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Crédito

- Publicada em 09 de Maio de 2016 às 18:53

Baixa oferta e retração da demanda caracterizam o cenário

Para Seefeld, foco está no relacionamento

Para Seefeld, foco está no relacionamento


SICREDI/DIVULGAÇÃO/JC
A inflação em alta e a perda do poder aquisitivo agravada pelo desemprego estão formando uma equação que tira o sono de todos. Além disso, a oferta de crédito em baixa e a retração da demanda tornam ainda mais lento o movimento da roda da economia. A cada dia novas pesquisas são divulgadas retratando um cenário de desaceleração, mas para muitos isso é também motivo de estímulo para buscar alternativas. O diretor financeiro e de relações com investidores do Banrisul, Ricardo Hingel, afirma que o crédito como um todo reduziu drasticamente por causa da atual conjuntura. "O crédito é o combustível desta engrenagem econômica e como a roda está desacelerando, demanda menos crédito", compara.
A inflação em alta e a perda do poder aquisitivo agravada pelo desemprego estão formando uma equação que tira o sono de todos. Além disso, a oferta de crédito em baixa e a retração da demanda tornam ainda mais lento o movimento da roda da economia. A cada dia novas pesquisas são divulgadas retratando um cenário de desaceleração, mas para muitos isso é também motivo de estímulo para buscar alternativas. O diretor financeiro e de relações com investidores do Banrisul, Ricardo Hingel, afirma que o crédito como um todo reduziu drasticamente por causa da atual conjuntura. "O crédito é o combustível desta engrenagem econômica e como a roda está desacelerando, demanda menos crédito", compara.
Hingel considera que o principal problema agora é o desemprego porque tira o poder de compra e tem um efeito cascata em todos os segmentos, gerando um ciclo negativo. Pela sua projeção, a carteira de crédito deve apresentar um crescimento nominal de no máximo 5% em 2016, o que representa uma redução real de 20%. Diante da nova realidade, o banco está adequando sua estrutura e apostando na tecnologia como diferencial para dar mais comodidade ao cliente, melhorando a qualidade do serviço oferecido.
O diretor executivo da Central Sicredi Sul, Gerson Seefeld, afirma que é preciso trabalhar forte no relacionamento com o cliente. A carteira de crédito da instituição no Rio Grande do Sul alcança R$ 14 bilhões e atende vários segmentos. "A diversificação dilui o risco", comenta. Atuando como parceiro do associado, o Sicredi tem 60% de sua carteira destinada ao crédito comercial e pessoal e 40% para o crédito rural. Seefled acredita que haverá maior demanda por crédito rural no segundo semestre embora o produtor também esteja mais cauteloso ao buscar financiamentos para sua atividade, como a compra de maquinário.
Cautela parece ser a palavra da vez. De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, o número de pessoas que buscou crédito em março de 2016 caiu 0,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a sétima queda neste critério de comparação (variação interanual), embora no acumulado do primeiro trimestre do ano a demanda por crédito tenha alcançado uma elevação de 1,0% em relação ao primeiro trimestre de 2015. Mesmo assim, o percentual é menor que a alta de 5,9% registrada nos primeiros três meses de 2015.
Esse recuo também está relacionado ao nível de inadimplência do consumidor. O estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostra que continua crescendo o número de consumidores com contas em atraso. No final de março, totalizavam 58,7 milhões de devedores negativados em todo o País, dos quais 8 milhões na região Sul. O número médio de dívidas dos inadimplentes da região Sul é de 2,3 débitos. A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, gestora do SPC, considera que os dados são preocupantes e reforçam a necessidade de uma mudança urgente na economia do Brasil, com foco na geração de renda e reaquecimento do consumo.
O presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, lembra que no início de 2015, o Brasil tinha 54,6 milhões de consumidores negativados. Em um ano, esse contingente cresceu 4,1 milhões. Apenas em fevereiro e março de 2016 surgiram mais 700 mil devedores. As maiores pendências se encontram nas contas básicas de água e luz. Na região Sul, essas contas domésticas foram as que mais aumentaram em percentual de devedores, com 7,97% em março de 2016, na comparação com o mesmo mês de 2015. Em seguida, está a alta de 6,40% nas dívidas ligadas aos bancos. Os bancos são os maiores credores das dívidas da região, respondendo por 44,97% do total. O comércio detém 23,74% das pendências enquanto comunicação aparece com uma participação de 18,10% junto ao total.

Cartão de crédito é o mais usado

Para Seefeld, foco está no relacionamento

Para Seefeld, foco está no relacionamento


SICREDI/DIVULGAÇÃO/JC
Em meio ao quebra-cabeça para pagar as compras, o cartão de crédito é o meio de pagamento mais usado pelos consumidores. Pesquisa Total Retail, divulgada pela PwC em março, revelou que o cartão de crédito foi citado por 78,5% dos entrevistados como o meio de pagamento preferido. Em seguida estão dinheiro (59,2%) e cartão de débito (53,7%). A popularidade do cartão de crédito faz surgir novas opções do chamado "dinheiro de plástico". É o caso do grupo financeiro Sorocred que já tem 5 milhões de cartões emitidos com a sua bandeira.
O diretor de marketing e relacionamento Wilson Justo informa que a sua base é formada, principalmente, por clientes das classes C, D e E. E o público feminino predomina: 57% são mulheres e 43% são homens. Entre o público feminino, de 2010 para 2016, a Sorocred teve um crescimento nas faixas etárias mais altas: de 41 a 60 anos passou de 33,2% para 36,4% (3,2 p.p) e acima de 60 anos passou de 8,5% para 11,6% (3,1 p.p). Já entre o público masculino, também de 2010 para 2016, a elevação também ocorreu nessas faixas etárias: de 41 a 60 anos foi de 24,9% para 29,6% (4,7 p.p) e acima de 60 anos pulou de 6,2% para 8,3% (2,1 p.p). Para 2016, a projeção da empresa é de um crescimento de 10% na demanda por cartões de crédito.