Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Supermercados

- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 21:25

Queda de vendas não assusta as redes

Longo defendeu a necessidade de menos Estado e mais gestão no País

Longo defendeu a necessidade de menos Estado e mais gestão no País


JULIANE KESSLER/DIVULGAÇÃO/JC
"Em épocas de euforia não temos grande expectativa de crescimento e, na crise, não nos assustamos." A afirmação foi feita pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, ao divulgar os resultados do Ranking Agas 2015 e que apontou, entre outros indicadores, uma queda real de vendas de 1,91% no ano passado. Foi a primeira retração nos últimos 10 anos, mas o setor já vinha se preparando. "É uma tendência verificada desde setembro por causa da insegurança do consumidor", acrescentou Longo. Por conta desse cenário, os supermercadistas foram se readequando cientes de que o consumidor não quer mais endividamento.
"Em épocas de euforia não temos grande expectativa de crescimento e, na crise, não nos assustamos." A afirmação foi feita pelo presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, ao divulgar os resultados do Ranking Agas 2015 e que apontou, entre outros indicadores, uma queda real de vendas de 1,91% no ano passado. Foi a primeira retração nos últimos 10 anos, mas o setor já vinha se preparando. "É uma tendência verificada desde setembro por causa da insegurança do consumidor", acrescentou Longo. Por conta desse cenário, os supermercadistas foram se readequando cientes de que o consumidor não quer mais endividamento.
O tíquete médio real registrou um aumento de cerca de 10%, acompanhando o ritmo da inflação, e nas suas compras, o consumidor gaúcho prefere o pagamento à vista, seja em dinheiro ou por meio de cartão de débito. Os pagamentos em dinheiro cresceram pela primeira vez em cinco anos - passando de 24,85 em 2014 para 26,8% em 2015 - e o uso do cartão de crédito ficou em terceiro lugar.
O faturamento do setor alcançou R$ 26,2 bilhões em 2015, um crescimento nominal de 8,76% em relação ao resultado de 2014. A representatividade dos supermercados gaúchos no País também aumentou, de 8,1% em 2014 para 8,2% em 2015 e o Rio Grande do Sul é o terceiro do ranking. No Brasil, os supermercados obtiveram um faturamento de R$ 315,8 bilhões, uma queda real de 4% nas vendas nacionais. Assim como o faturamento, a mão de obra empregada no setor evoluiu cerca de 1%, totalizando 94,5 mil colaboradores.
No primeiro trimestre de 2016, porém, as vendas do setor supermercadista no País acumularam alta de 1,18% na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Índice Nacional de Vendas Abras, elaborado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade. Em março, as vendas do setor em valores reais apresentaram alta de 8,44% na comparação com fevereiro e alta de 4,16% em relação ao mesmo mês do ano de 2015.
Para 2016, a expectativa de Longo é de que o desempenho não seja positivo. Mas ele considera que "quem escutar o consumidor continuará no mercado". De acordo com o Ranking Agas 2015, 29,4% dos supermercados gaúchos pretendem fazer algum tipo de investimento em construção ou reforma de lojas em 2016. "O número é praticamente igual ao do ano passado. Isto mostra que mesmo em um cenário de instabilidade econômica, o varejista quer garantir a otimização dos seus pontos de venda, melhorar serviços e investir", destaca Longo. Na soma de seus investimentos, os supermercados ouvidos pela pesquisa deverão aportar pelo menos R$ 72,3 milhões em novas lojas e R$ 79,5 milhões em reformas durante 2016.

Compras coletivas

Homenageada pela Agas por ser a rede de compras que mais cresceu, a Rede Ammpa já conta com 22 mercados em Porto Alegre e na Região Metropolitana que empregam 341 pessoas. O presidente da rede, Reni Flores, afirma que 99% das empresas são familiares e que a alternativa dos pequenos negócios são as compras coletivas no atacado como forma de enxugar custos.
Mas por causa da retração do consumo está havendo redução nos volumes e há uma tendência de aquisição de marcas mais populares. Segundo Flores, para acompanhar a evolução do setor, a profissionalização é a alternativa a ser seguida pelos pequenos empreendimentos.