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Agronegócios

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 17:29

Soja: motor que está movendo a economia

Teixeira acredita que 2017 seja melhor ainda devido a fatores climáticos mais regulares, adoção de novas sementes e irrigação

Teixeira acredita que 2017 seja melhor ainda devido a fatores climáticos mais regulares, adoção de novas sementes e irrigação


APROSOJA/DIVULGAÇÃO/JC
No início do ano, estimativas apontavam para mais uma safra boa para a soja. A expectativa era de colher 15,6 milhões de toneladas no Estado. No entanto, esse número deve ser superado. Durante o encerramento oficial da colheita no Rio Grande do Sul, no final de abril, a Emater/RS trabalhava com a confirmação da segunda maior safra de grãos do Estado dos últimos 10 anos e a sua maior safra de soja da história. A produção estimada da leguminosa, segundo a entidade, é de 16,34 milhões de toneladas em 5,470 milhões de hectares plantados. O levantamento, realizado em 328 municípios, corresponde a 80% da área cultivada e indica que o aumento na área plantada foi de 3,92% e fez o Estado alcançar 5,470 milhões de hectares plantados.
No início do ano, estimativas apontavam para mais uma safra boa para a soja. A expectativa era de colher 15,6 milhões de toneladas no Estado. No entanto, esse número deve ser superado. Durante o encerramento oficial da colheita no Rio Grande do Sul, no final de abril, a Emater/RS trabalhava com a confirmação da segunda maior safra de grãos do Estado dos últimos 10 anos e a sua maior safra de soja da história. A produção estimada da leguminosa, segundo a entidade, é de 16,34 milhões de toneladas em 5,470 milhões de hectares plantados. O levantamento, realizado em 328 municípios, corresponde a 80% da área cultivada e indica que o aumento na área plantada foi de 3,92% e fez o Estado alcançar 5,470 milhões de hectares plantados.
"O plantio da soja avança no Rio Grande do Sul e isto é muito importante para o desenvolvimento econômico da região e do Estado. Somos parceiros e estamos sempre ao lado do produtor, inclusive estamos com o projeto Conservar para Produzir Melhor, programa estadual de conservação do solo e da água em pleno desenvolvimento, com ações que visam incentivar a cultura do manejo adequado do solo e da água, com vistas ao aumento da produtividade com sustentabilidade", diz o secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo.
O resultado até poderia ter sido melhor se o clima tivesse colaborado mais com os produtores. No início do ano as chuvas atrasaram a colheita da soja, que poderia ter sido finalizada antes. A umidade comprometeu a qualidade do grão na região Sul do Estado e, em algumas localidades, os prejuízos estão sendo monitorados e avaliados. "O excesso de chuva em cidades como Santa Vitória do Palmar, Jaguarão e Bagé prejudicaram a colheita", disse o coordenador das Comissões de Grãos da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues. O produtor de Cruz Alta e presidente da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja-RS), Décio Teixeira, afirma que sua produção foi regular em comparação com a do ano anterior. "Os produtores localizados na fronteira com o Uruguai tiveram perdas devido ao clima instável. Foram dias de muita chuva, depois muito seco e na colheita foram registrados 28 dias de chuva novamente", comenta.
Para 2017, Teixeira espera uma colheita melhor. Segundo ele, fatores climáticos mais regulares, adoção de novas sementes e irrigação devem favorecer o produtor gaúcho de soja e fazer com que o Estado supere o Paraná em área plantada e produção. "O Estado precisa melhorar sua média de colheita. Hoje, o Rio Grande do Sul divide com o Paraná o segundo lugar na produção do grão. O maior produtor é Mato Grosso", diz ele, que defende mais planejamento e boa vontade por parte dos governos. Entre as reivindicações dos produtores está menos burocracia e mais acesso a financiamentos, seguro e crédito rotativo. "As autoridades precisam se preocupar e olhar mais para o motor da economia, que é a soja", completa.

Investimento em avanço genético

 caderno dia da indústria 2016 soja superintendente da cotrijal Gelson Melo de Lima divulgacao cotrijal

caderno dia da indústria 2016 soja superintendente da cotrijal Gelson Melo de Lima divulgacao cotrijal


COTRIJAL /DIVULGAÇÃO/JC
O superintendente de Produção da Cotrijal, de Não-Me-Toque, Gelson Melo de Lima, afirma que desde a implantação da Lei de Proteção de Cultivares os produtores tiveram respaldo para investir em avanços genéticos, gerando muito mais competitividade. O resultado desse investimento pode ser visto em fevereiro deste ano quando a cooperativa inaugurou uma nova unidade de beneficiamento de sementes. A estrutura de 20,7 mil metros quadrados recebeu recursos de R$ 48 milhões e deve atender inicialmente 628 mil sacas de soja, trigo e cevada.
"Visitamos outras unidades e construímos uma de tratamento industrial muito moderna", diz Lima. A maioria dos 5,8 mil associados da cooperativa planta soja. A colheita da última safra, que se encerrou em abril, foi a melhor da história. A Cotrijal colheu 66 sacos por hectare, maior que a média do Estado que é de 49 sacos por hectare, segundo Lima. "Este ano a safra deve ser muito próxima da anterior", acredita o superintendente. E os trabalhos para essa nova colheita já começaram. "Vamos nos reunir e analisar o que ficou de lição da última safra e potencializar as ações que geraram mais rendimento", completa.
Cooperativado da Cotrijal, o produtor de Não-Me-Toque Markus Gustavo Schmiedt encerrou em março sua colheita de soja e teve uma produção boa, muito semelhante ao ano anterior. O segredo para os bons resultados no campo é utilizar a tecnologia e seguir à risca as orientações do seu engenheiro agrônomo. Além de soja, ele planta milho, trigo e cevada.
A assistência técnica oferecida pelas cooperativas aos produtores, como no caso de Schmiedt, é um dos fatores positivos que fazem com que elas recebam boa parte da produção. Se confirmada a safra de 16 milhões de toneladas de soja, mais de 7 milhões devem ficar com o sistema cooperativo. Segundo estimativa da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), as cooperativas agropecuárias gaúchas devem ser responsáveis pela originação de 45% da oleaginosa. O volume é maior que o período anterior, que foi de 6 milhões de toneladas, o que representou 40,5% da soja produzida no Rio Grande do Sul em 2015. Um dos principais motivos que devem levar a esta elevação é o investimento feito no último ano. Em armazenagem, por exemplo, o sistema investiu R$ 210 milhões em 2015 em ampliação e modernização.