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Economia

- Publicada em 30 de Maio de 2016 às 08:46

Petróleo opera em leve queda, com expectativa antes de reunião da Opep

Agência Estado
Os contratos futuros de petróleo operam em queda na manhã desta segunda-feira (30), com investidores à espera de novidades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O grupo de produtores se reúne nesta quinta-feira e deve debater os níveis atuais de oferta da commodity no mercado global. O dia, porém, é de volumes mais fracos, por causa de feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Os contratos futuros de petróleo operam em queda na manhã desta segunda-feira (30), com investidores à espera de novidades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O grupo de produtores se reúne nesta quinta-feira e deve debater os níveis atuais de oferta da commodity no mercado global. O dia, porém, é de volumes mais fracos, por causa de feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Às 8h35min (de Brasília), o petróleo WTI para julho caía 0,16%, a US$ 49,25 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na plataforma ICE, em Londres, o Brent para julho recuava 0,30%, a US$ 49,17 o barril, e o Brent para agosto, contrato mais líquido, operava em baixa de 0,34%, a US$ 49,78 o barril.
Há quase dois anos, o excesso de oferta tem pressionado os preços, que estão bem abaixo das máximas anteriores a esse período, quando chegaram a ficar acima dos US$ 100 o barril. A forte queda no preço, porém, foi enfrentada por alguns importantes produtores com uma oferta ainda maior, já que eles preferiram proteger sua fatia de mercado. Como resultado, o excesso de oferta continua e os contratos ainda sofrem pressão de baixa.
Graças a problemas na produção em locais como o Canadá e alguns países na África, porém, cerca de 3,5 milhões de barris de petróleo deixaram de ser produzidos a cada dia nas últimas semanas, o que levou os preços para perto de US$ 50 o barril pela primeira vez em seis meses.
Alguns dos problemas na produção devem ser solucionados em breve - a Suncor Energy do Canadá, por exemplo, disse que começou a reiniciar suas operações -, mas a produção na Nigéria segue precária. Segundo relatos mais recentes, um grupo militante autointitulado Vingador do Delta do Níger disse que explodiu uma importante base de produção e um terminal de exportação da commodity. A produção nigeriana de petróleo já caiu ao nível mais baixo desde 2009.
Além disso, a produção da commodity nos EUA e na China também diminuiu, com cortes no orçamento para a exploração. Na sexta-feira, a Baker Hughes, uma prestadora de serviços do setor, informou que o número de poços e plataformas em atividade nos EUA caiu 2, para 316 na última semana.
"Contando que o número de poços e plataformas em atividade nos EUA permaneça no nível atual, a produção de petróleo dos EUA teria recuado 750 mil barris por dia entre o quarto trimestre de 2015 e o primeiro trimestre de 2015", calculou o Goldman Sachs em nota. A produção de petróleo chinesa caiu 5,4% em abril e deve recuar mais no futuro próximo.
Com a produção mais baixa, a demanda mais forte por petróleo na China e na Índia também deve compensar parte do excesso da commodity no mercado. A BMI Research prevê que o consumo de gasolina da China aumentou 6,0% na comparação anual em 2016, impulsionado pelo crescimento forte no número de carros. A Agência Internacional de Energia (AIE), além disso, destacou a Índia, ao apontar que a demanda por petróleo no país deve ganhar impulso. No primeiro trimestre, a demanda indiana ficou 400 mil barris ao dia mais alta que em igual período de 2015, com o país sendo responsável por quase 30% do aumento global na demanda.
Ainda assim, o mercado permanece cético sobre quanto tempo levará até o novo equilíbrio entre oferta e demanda, já que produtores importantes da Opep como o Irã, o Iraque e o Kuwait têm acelerado sua produção.
Segundo o banco ANZ, nos próximos dias todos os olhos devem estar voltados para a reunião da Opep em Viena. Na avaliação do economista-chefe do National Australia Bank, Alan Oster, os membros da Opep terão dificuldade para cortar a produção, já que muitos países têm grande necessidade de moeda forte.
Investidores também aguardam os dados de estoques de petróleo dos EUA, que nesta semana saem na quinta-feira, e não na quarta-feira como normalmente ocorre, por causa do feriado desta segunda-feira dos EUA, onde é marcado o Memorial Day. Há ainda expectativa com a divulgação do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China, nesta semana.
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