Petróleo fecha em alta e atinge maior cotação desde outubro em Nova Iorque

O petróleo atingiu nova cotação máxima na sessão desta quarta-feira (25), após o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) reportar queda contínua nos estoques e na produção da commodity na semana passada.

Os estoques de petróleo bruto dos EUA são vistos pelos operadores como o principal indicador de oferta e demanda mundial da commodity. Hoje, o DoE informou que os estoques de petróleo bruto caíram 4,226 milhões de barris na semana encerrada em 20 de maio, para 537,068 milhões de barris. A queda superou a previsão de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam queda de 1,31 milhão de barris.

O recuo dos estoques norte-americanos alimenta a expectativa de que o cenário de excesso de petróleo no mundo todo, que vinha fazendo os preços do barril caírem, está cedendo.

"A tendência de uma produção menor do que a esperada vai levar o preço do barril acima dos US$ 50 nos próximos dias", prevê Phil Flynn, analista do grupo Price Futures. Apesar da alta, os dados do DoE mostraram um aumento inesperado dos estoques de gasolina, o que limitou os ganhos do petróleo na sessão de hoje.

Outro fator que vem sustentando a alta da commodity é a interrupção na produção de petróleo no Canadá, na Nigéria e na Líbia. No entanto, alguns analistas dizem que é provável que essa quebra seja temporária.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para julho subiu 1,93% (+ US$ 0,94), a US$ 49,56, o maior valor desde outubro do ano passado. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho valorizou 2,32% (+US$ 1,13), para US$ 49,74 o barril.