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Economia

- Publicada em 24 de Maio de 2016 às 20:51

Entidades aprovam pacote e acreditam em retomada; CUT classifica como 'estelionato'

 2 / 9  Brasília - Deputado Paulinho da Força com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, após reunião com o vice-presidente Michel Temer (José Cruz/Agência Brasil)

2 / 9 Brasília - Deputado Paulinho da Força com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, após reunião com o vice-presidente Michel Temer (José Cruz/Agência Brasil)


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
As medidas econômicas anunciadas pelo presidente em exercício, Michel Temer, ajudarão a resgatar rapidamente a confiança de empresários e consumidores e viabilizar a volta do crescimento econômico. A opinião é do presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal. "Penso que os anúncios contribuirão para acelerar o processo em curso de retomada da confiança no futuro, por parte de empresários e consumidores", disse o economista.
As medidas econômicas anunciadas pelo presidente em exercício, Michel Temer, ajudarão a resgatar rapidamente a confiança de empresários e consumidores e viabilizar a volta do crescimento econômico. A opinião é do presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal. "Penso que os anúncios contribuirão para acelerar o processo em curso de retomada da confiança no futuro, por parte de empresários e consumidores", disse o economista.
Portugal considera a confiança essencial para a volta do crescimento e da criação de empregos. "A adequação do programa de concessões de serviços públicos às realidades do mercado certamente contribuirá para este processo", defendeu. Entre as medidas consideradas "muito positivas e importantes para o País", o executivo citou as que visam a reduzir o endividamento público, como o pré-pagamento pelo Bndes de recursos transferidos pelo Tesouro e o uso do Fundo Soberano para redução da dívida. O comunicado diz que "outras medidas envolvem mudanças estruturais de grande envergadura, como o limite de crescimento real zero para as despesas públicas e a simultânea flexibilização de regras para despesas obrigatórias".
O pacote de Temer também foi elogiado pelo economista-chefe do Banco Safra. Carlos Kawall destacou a medida que estabelece um teto para o gasto público, classificando-a como "poderosa", uma vez que "poderá viabilizar, nos próximos anos, sua queda como proporção do PIB brasileiro". Segundo ele, a criação de um limite vai permitir a redução estrutural dos juros e a recuperação de um ciclo virtuoso da economia.
Com um tom diferente da nota divulgada há cerca de duas semanas, quando considerou "estapafúrdias" as propostas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre a reforma da Previdência, a Força Sindical ressaltou, nesta terça-feira, que as medidas anunciadas mostram "compromisso com o diálogo" do novo governo e a disposição para debater sobre o tema. O presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, diz que o atual governo está "buscando o melhor para o sistema de Previdência Social e, consequentemente, um futuro melhor para todos". "As mudanças na Previdência têm de levar em consideração que a instituição é um patrimônio do trabalhador e do cidadão brasileiro. Qualquer alteração terá de ter como princípio que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para uma vida digna", afirma. A nota da Força Sindical diz ainda que "as medidas são duras, mas necessárias, uma vez que são direcionadas para o crescimento econômico e em prol de um País mais igualitário e justo".
Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), as propostas do governo em exercício são um "estelionato golpista". De acordo com a entidade, Temer está tirando os benefícios conquistados nos governos de Lula e de Dilma e também na Constituição de 1988. Afirmou ainda que as medidas representam um retrocesso de três décadas, voltando à política de direitos sociais da ditadura militar. "Mais uma vez, os trabalhadores é que vão pagar a conta de um dos ajustes fiscais mais perversos dos últimos anos", diz a nota. "Temer se uniu aos mais retrógrados setores da sociedade para implantar um programa neoliberal rejeitado nas urnas. Temer representa um projeto de quem não tem compromisso com a classe trabalhadora, não respeita os aposentados, muito menos a população de
baixa renda."
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