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Economia

- Publicada em 22 de Maio de 2016 às 19:35

Empresas em recuperação judicial no Brasil somam débitos de R$ 120 bilhões

Os desafios da economia brasileira estão sendo sentidos pelas empresas, que estão cortando custos, revendo estratégias de expansão e realizando demissões. Muitas vezes, todo esse esforço de austeridade não é suficiente, e vários negócios são obrigados a recorrer à recuperação judicial - saída legal que permite à companhia uma "moratória" de seis meses para negociar débitos. Apenas entre as empresas que tiveram a recuperação judicial aprovada, o total da dívida é de R$ 120 bilhões, diz a consultoria especializada em recuperação de empresas Alvarez & Marsal.
Os desafios da economia brasileira estão sendo sentidos pelas empresas, que estão cortando custos, revendo estratégias de expansão e realizando demissões. Muitas vezes, todo esse esforço de austeridade não é suficiente, e vários negócios são obrigados a recorrer à recuperação judicial - saída legal que permite à companhia uma "moratória" de seis meses para negociar débitos. Apenas entre as empresas que tiveram a recuperação judicial aprovada, o total da dívida é de R$ 120 bilhões, diz a consultoria especializada em recuperação de empresas Alvarez & Marsal.
Segundo os dados da companhia, apenas as 20 maiores recuperações judiciais somam R$ 73,4 bilhões em dívidas. No curto prazo, existem motivos para acreditar que o "bolo" vá aumentar. O número de pedidos de recuperação judicial no País quase dobrou até abril, na comparação com igual período de 2015, aponta a Serasa Experian. Fontes de mercado dizem que grandes negócios - como a operadora Oi e a siderúrgica Usiminas - correm risco de vir a engordar - e muito - os débitos renegociados na recuperação judicial.
Analisando a complexidade das 20 maiores dívidas, muitas das quais vêm sendo roladas há anos, o diretor-geral da Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, diz que, mesmo em uma perspectiva otimista, é pouco provável que os credores venham a reaver sequer a metade do que lhes é devido. Segundo o diretor da BR Partners, Cláudio Citrin, a recuperação judicial é uma "espécie de choque de realidade" para um negócio. "Todos os ativos passarão a valer menos do que em uma situação normal." O sócio do Banco Plural, Warley Pimentel, afirma que a questão a ser analisada é a chance de o negócio se perpetuar. "Muitas empresas usam a retórica da crise, culpam o mercado, mas o fato é que alguns negócios em recuperação não param em pé, não são mais viáveis", diz o executivo.
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