A Petrobras reportou prejuízo líquido de R$ 1,246 bilhão no trimestre de janeiro a março deste ano, revertendo o lucro de R$ 5,33 bilhões apurados no mesmo período de 2015. Contudo, o resultado apresenta melhora na comparação com a perda recorde de
R$ 36,93 bilhões do quarto trimestre do ano passado, decorrente principalmente de ajustes contábeis (impairments).
O desempenho negativo resulta de maiores despesas com juros, além de variações monetárias e cambiais negativas, que atingiram R$ 9,579 bilhões nos três primeiros meses do ano. A petroleira cita, ainda, a redução de 7% na produção de petróleo e gás natural (no Brasil e no exterior), a queda de 8% na venda de derivados no mercado doméstico e custos mais altos com depreciação e ociosidade de equipamentos, principalmente de sondas.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da estatal foi de
R$ 21,091 bilhões, quase 2% abaixo do recorde de R$ 21,518 bilhões verificado nos três primeiros meses do ano anterior, mas 24% acima dos R$ 17,064 bilhões do último trimestre de 2015.
A receita líquida acumulada de janeiro a março deste ano somou R$ 70,337 bilhões, o que representa um recuo de 5% frente aos R$ 74,353 bilhões do primeiro trimestre de 2015 e de 17% ante os R$ 85,103 bilhões do quarto trimestre do ano passado.
O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em
R$ 8,693 bilhões no trimestre encerrado em 31 de março de 2016, pior que os R$ 5,621 bilhões negativos do primeiro trimestre de 2015 e os R$ 4,928 bilhões negativos observados no último trimestre do ano passado.
De acordo com a Petrobras, "contribuíram para o resultado o maior efeito da variação cambial, a maior reclassificação de headge accounting e o acréscimo nas despesas com juros, refletindo o maior endividamento e o efeito da depreciação do real frente ao dólar".