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Mercado de Capitais

- Publicada em 10 de Maio de 2016 às 20:18

Otimismo leva Bovespa a fechar em alta de 4,08%

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O cenário internacional favorável aos mercados emergentes e a retomada do otimismo dos investidores com o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foram a combinação que levou a Bovespa a fechar em alta de 4,08% ontem, aos 53.070 pontos, nível máximo registrado no dia. O volume de negócios totalizou o montante de R$ 7,365 bilhões.
O cenário internacional favorável aos mercados emergentes e a retomada do otimismo dos investidores com o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foram a combinação que levou a Bovespa a fechar em alta de 4,08% ontem, aos 53.070 pontos, nível máximo registrado no dia. O volume de negócios totalizou o montante de R$ 7,365 bilhões.
Entre os principais incentivos para as ordens de compra de ações estiveram a disparada dos preços do petróleo e a revogação da medida que anulava o processo de impeachment na Câmara. A bolsa já abriu em alta, exibindo alívio diante da decisão de Waldir Maranhão de revogar a medida determinada por ele mesmo. Um movimento de recuperação das perdas da véspera foi iniciado e ganhou fôlego extra a partir da melhora do apetite por risco no mercado internacional, alimentado principalmente pela alta expressiva dos preços do petróleo.
As ações da Petrobras foram destaque de alta durante todo o dia e contagiaram outros papéis. Ao final do pregão, Petrobras ON subiu 6,46% e Petrobras PN avançou 7,70%. As ações da Vale não ficaram muito atrás e marcaram valorização de 4,20% (ON) e 6,32% (PNA), mesmo com a queda dos preços do minério de ferro.
Segundo profissionais do mercado, a leitura foi que o "Episódio Maranhão" foi a última cartada do governo para tentar barrar o processo. Com isso, o mercado praticamente ignorou a notícia de que a Advocacia-Geral da União entraria com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o processo de impeachment.
Apesar do alívio com a reversão da decisão de Maranhão, as ordens de compra se intensificaram no período da tarde, quando o Ibovespa renovou sucessivas máximas, acompanhando as bolsas de Nova Iorque e a alta do petróleo.
As ações do setor bancário estiveram entre os maiores destaques e também contribuíram em grande parte para a alta do dia. Todas elas terminaram o dia nas máximas. Itaú Unibanco PN, ação de maior peso na composição do Ibovespa, fechou em alta de 6,28%, cotada a R$ 32,51. Bradesco PN subiu 4,31% e Banco do Brasil ON, 5,93%.

Dólar à vista tem queda de 1,60%, cotado a R$ 3,4686

O dólar manteve-se em baixa ante o real durante toda esta terça-feira e fechou em queda de 1,60%, cotado a R$ 3,4686 no mercado à vista. Passado o ruído com a possibilidade de anulação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara, investidores se apegaram à percepção de que a presidente está perto de ser afastada.
A cotação máxima do dia, de R$ 3,5060 (-0,54%), foi registrada no mercado à vista na abertura, às 9h04. Naquele momento, investidores já vendiam moeda no mercado futuro - o mais líquido - em função do impeachment. O fato de a anulação das sessões do processo na Câmara, anunciada pelo presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), ter vindo abaixo era citado como principal motivo para o movimento.
No exterior, o avanço do petróleo em Londres e em Nova Iorque forneceu suporte para as moedas de exportadores de commodities em vários momentos, em detrimento do dólar. Só que o sinal da moeda americana no exterior, durante a tarde, era misto: o dólar cedia ante o dólar australiano e o peso mexicano, por exemplo, mas subia ante o dólar neozelandês e peso chileno. Isso deixava claro que era a política brasileira o principal fator para o recuo do dólar ante o real. Como vem ocorrendo nos últimos dias, o Banco Central apenas observou os negócios e não promoveu nenhum leilão de swap cambial reverso.