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Economia

- Publicada em 09 de Maio de 2016 às 21:47

CRM desativará mina de carvão nos próximos meses

Local produz cerca de 10 mil toneladas de carvão por mês e vendia principalmente para Santa Catarina

Local produz cerca de 10 mil toneladas de carvão por mês e vendia principalmente para Santa Catarina


PATRÍCIA PAES/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Depois da notícia de que a Engie Tractebel Energia pretende encerrar, em agosto, a atividade da termelétrica de Charqueadas, o setor carbonífero gaúcho sofre outro impacto. A Companhia Riograndense de Mineração (CRM) informa que a jazida São Vicente Norte, da Mina do Leão I (localizada no município de Minas do Leão), está em fase final de operação, pois os custos de extração são maiores do que a receita com o produto vendido, tornando inviável sua mineração.
Depois da notícia de que a Engie Tractebel Energia pretende encerrar, em agosto, a atividade da termelétrica de Charqueadas, o setor carbonífero gaúcho sofre outro impacto. A Companhia Riograndense de Mineração (CRM) informa que a jazida São Vicente Norte, da Mina do Leão I (localizada no município de Minas do Leão), está em fase final de operação, pois os custos de extração são maiores do que a receita com o produto vendido, tornando inviável sua mineração.
Conforme o presidente da estatal, Edivilson Meurer Brum, o encerramento das ações acontecerá nos próximos meses. A mina produz em torno de 10 mil toneladas de carvão mensalmente, sendo seus principais clientes as empresas mineradoras de Santa Catarina. Brum diz que a mina emprega em torno de 60 trabalhadores, e a CRM dispõe de um Programa de Demissão Incentivado (PDI), ao qual grande parte desses funcionários está aderindo. "Uma parcela será remanejada, e outra será aproveitada no programa de regeneração ambiental", acrescenta.
Sobre os planos futuros da CRM para a mina, o dirigente adianta que a meta é manter com o município, através de convênios, programas de incentivo relacionados à preservação do meio ambiente. Na localidade, a estatal também possui a Mina do Leão II, que recebeu investimentos na ordem de US$ 70 milhões na década de 1980. Em 2002, a CRM assinou contrato de arrendamento dessa mina para a Carbonífera Criciúma por 30 anos. A empresa arrendatária, ao iniciar a operação da mina, gerará royalties para a estatal, decorrentes da venda do carvão produzido. Porém, Brum comenta que essa mina, até o momento, não entrou em operação por falta de demanda do carvão a ser extraído.
O presidente do Sindicato dos Mineiros do Rio Grande do Sul, Oniro Camilo, afirma que já é visivelmente percebida a diminuição das atividades da Mina do Leão I e que foram mantidos alguns poucos funcionários para cuidar da manutenção do empreendimento.
Camilo lembra que, há alguns anos, o governo do Estado, sabendo que a usina iria parar de gerar energia, levantou a possibilidade de implementar pequenas térmicas nos municípios de São Jerônimo e Minas do Leão, para criar demanda para o carvão produzido na região. O dirigente defendeu ontem, em reunião realizada na Secretaria de Minas e Energia, a retomada dessa ideia. Sobre a produção de termeletricidade, em 2012, o então presidente da CRM, Elifas Simas, apresentou a proposta de instalação de uma pequena central térmica de 10 MW em Minas do Leão. O empreendimento seria uma parceria entre CRM, Cientec e Grupo CEEE.
Ainda no encontro de ontem, o presidente do Sindicato dos Mineiros abordou o fim do funcionamento da termelétrica de Charqueadas. Camilo frisa que o governo do Estado comprometeu-se a tentar convencer a Tractebel a estender a operação da usina até o final deste ano. Além disso, o sindicato estuda entrar com uma ação civil pública contra a empresa.
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