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Economia

- Publicada em 09 de Maio de 2016 às 17:38

Estudo defende acordos comerciais com EUA e UE

 Embarque de contêiner no Tecon Rio Grande. Divulgação Tecon Rio Grande

Embarque de contêiner no Tecon Rio Grande. Divulgação Tecon Rio Grande


TECON RIO GRANDE/DIVULGAÇÃO/JC
A adoção de um acordo comercial com os Estados Unidos, que elimine 100% das tarifas, possibilitaria ao Brasil aumento de quase 7% nas exportações e de 1,29% no Produto Interno Bruto (PIB). A conclusão é de estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito a pedido da Câmara Americana de Comércio (Amcham) e apresentado ontem em São Paulo.
A adoção de um acordo comercial com os Estados Unidos, que elimine 100% das tarifas, possibilitaria ao Brasil aumento de quase 7% nas exportações e de 1,29% no Produto Interno Bruto (PIB). A conclusão é de estudo da Fundação Getúlio Vargas, feito a pedido da Câmara Americana de Comércio (Amcham) e apresentado ontem em São Paulo.
O material também simulou o impacto de um acordo de comércio com a União Europeia (UE). Neste caso, o Brasil teria aumento de cerca de 12% nas exportações e crescimento de 2,8% no PIB. "Acordos comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia, com eliminação de tarifas e diminuição de barreiras não-tarifárias (NTBs), podem trazer benefícios econômicos para o Brasil a longo prazo", aponta o material.
"Para alcançar sucesso no mundo cada vez mais globalizado, o Brasil ainda precisa aprender uma lição importante. Representamos 3% do PIB global, mas só 1,2% do comércio entre as nações. Ou seja, alguém está vendendo no nosso lugar", afirmou Hélio Magalhães, presidente do Conselho da Amcham.
No levantamento, os professores da FGV simularam seis situações de acordos econômicos entre Brasil, EUA e União Europeia, juntos e separadamente, sempre projetando os impactos no PIB, balança comercial e fluxo de comércio até 2030. De acordo com os professores Vera Thorstensen, coordenadora do Centro do Comércio Global e Investimento da FGV, e Lucas Ferraz, que coordena o Núcleo de Modelagem, dados do FMI mostram que o Brasil representa cerca de 3% do PIB Global (2015) e apenas 1,2% do comércio internacional (2014), o que diagnostica uma economia fechada.
"A situação do País distancia o Brasil da economia internacional, onde 65% das transações entre países ocorre no âmbito de acordos comerciais (FGV 2014). Nos últimos anos, as economias mais fortes estão organizando mega-acordos, como o TPP (Trans-Pacific Partnership) e o TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership), com a tendência de eliminar tarifas e diminuir as barreiras não tarifárias", afirmam os professores no material.
A recomendação do relatório é que haja cautela na hora de fechar os acordos. Um planejamento cuidadoso e a longo prazo, envolvendo tanto a indústria quanto "o governo, para que o setor seja reformado e assim ganhe níveis maiores de competitividade".
O estudo detalha que o setor privado deveria promover a produtividade dentro da empresa, enquanto o governo investiria em medidas como redução da carga tributária, aumento na qualificação da força de trabalho e adoção de uma política fiscal que promova uma taxa de câmbio real mais estável.
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