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Tecnologia

- Publicada em 08 de Maio de 2016 às 18:38

Mães e profissionais de TI contam como a tecnologia afeta a vida com os filhos

Letícia costuma ser acionada pelo filho Matheus e a namorada dele, Martha Chaves Barcellos

Letícia costuma ser acionada pelo filho Matheus e a namorada dele, Martha Chaves Barcellos


MARCO QUINTANA/JC
Elas são mulheres, mães e vivem no dia a dia profissional toda a transformação provocada pelas novas tecnologias. Letícia Batistela, Maria Fernanda Bermúdez e Maria Luiza Falsarella Malvezzi escolheram construir suas carreiras, ou pelo menos parte dela, em uma área ainda dominada pelos homens, mas que vem conquistando cada vez mais adeptas.
Elas são mulheres, mães e vivem no dia a dia profissional toda a transformação provocada pelas novas tecnologias. Letícia Batistela, Maria Fernanda Bermúdez e Maria Luiza Falsarella Malvezzi escolheram construir suas carreiras, ou pelo menos parte dela, em uma área ainda dominada pelos homens, mas que vem conquistando cada vez mais adeptas.
Temas como a implementação de um projeto de Tecnologia da Informação (TI), novos aplicativos, cidades inteligentes e direito digital estão sempre na pauta das discussões e definições. Elas também transitam nas redes sociais e estão por dentro das últimas novidades do mundo da internet. 
Mas, e como a realidade profissional dessas mães tecnológicas se reflete na relação com os filhos? Esse conhecimento como profissionais da área ameniza o tradicional choque de gerações nas discussões desses temas? Elas costumam usar os dispositivos móveis para as interações entre família e, assim, se manterem mais próximas dos filhos? Em um bate-papo bem descontraído, mães e filhos revelam situações inusitadas e mostram que a tecnologia aproxima e gera lá suas diferençazinhas. Confira no vídeo!

"Mãe, libera o WhatsApp"

A advogada especializada em direito digital e presidente da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro-RS), Letícia Batistela, é muito conhecida entre os colegas do filho Matheus, 19 anos. Principalmente se for para resolver entraves inoportunos contra o uso de tecnologias.
Em fim de 2015, o aplicativo WhatsApp foi bloqueado por ordem judicial. "A mãe disse que ia entrar na Justiça para liberar, e logo depois ele foi reativado. Meus amigos acharam que tinha sido ela", recorda Matheus. No recente bloqueio, a demanda veio rapidinho. "Mandei mensagem: 'mãe, dá um jeito, libera o WhatsApp!'"
Letícia conta que o nascimento do filho marcou sua estreia nas entranhas da TI, sempre ligada nos riscos que baixar jogos e aplicativos podia gerar para o filho e colegas. Matheus admite que sua adolescência não teve jogo pirata e que hoje ele adota a regra, por envolver prejuízos aos autores. No dia a dia, é a namorada de Matheus, Martha Chaves Barcellos, que também recorre a Letícia, e uma das queixas é o tempo que as pessoas ficam no mundo virtual. "Prefiro mais a conversa ao vivo."

Compartilhando gerações

Letícia costuma ser acionada pelo filho Matheus e a namorada dele, Martha Chaves Barcellos

Letícia costuma ser acionada pelo filho Matheus e a namorada dele, Martha Chaves Barcellos


MARCO QUINTANA/JC
Quando o filho é colega de trabalho, a tecnologia ajuda? No caso de Maria Luiza Falsarella Malvezzi e do filho Renato, 28 anos, tudo indica que sim. Ele tem a mesma formação da mãe, o diploma de bacharel em Ciências da Computação. "Em outras empresas em que ele trabalhou antes daqui (Hospital de Clínicas de Porto Alegre onde é analista de TI), os chefes diziam que o Renato tinha o DNA da Luiza", conta a mãe prá lá de coruja, sem esconder o rigor na lida do trabalho.
Algumas diferenças emergem, como a validade ou eficácia de reuniões que duram horas. "Dava para resolver em 10 minutos e de pé mesmo", diz Renato. "Ele é da geração que primeiro faz e depois vê como ficou, aí modifica", devolve a assessora de Planejamento e Avaliação no HCPA. Na vida em casa, o WhatsApp virou o canal de conexão, e o grupo levou o nome de Coração de Mãe, para orgulho de Maria Luiza. Mas, ao mesmo tempo, ela mesma é a primeira a reivindicar mais conversas ao vivo para passar mais sentimento. "Aquelas carinhas bonitinhas não substituem isso", diz. "Os bonequinhos? Ela quer dizer os emoticons", traduz Renato.

Os filhos e Maria Fernanda digitando...

Letícia costuma ser acionada pelo filho Matheus e a namorada dele, Martha Chaves Barcellos

Letícia costuma ser acionada pelo filho Matheus e a namorada dele, Martha Chaves Barcellos


MARCO QUINTANA/JC
Os filhos João Paulo, Pedro Henrique e Frederico são unânimes. A mãe Maria Fernanda Bermúdez, advogada, secretária de Inovação e Tecnologia de Porto Alegre e coordenadora do Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa), é hoje a portadora das novidades que estão pelo mundo e que ela costuma apresentar durante ou depois das viagens de trabalho. "Estou numa feira e de lá já mando mensagem de WhatsApp", conta a advogada.
Também é ela que bate na tecla de quanto a chamada internet das coisas pode melhorar muito a vida nas cidades, no ambiente de trabalho (dos filhos) e na vida dentro de casa. Já as aplicações mais rápidas vêm por meio do trio. O uso do WhatsApp para estabelecer conexões fez o publicitário João Paulo e o advogado Pedro Henrique se unirem para fazer a mãe acelerar a comunicação. Mensagens quebradas, textos mais cifradas. Maria Fernanda pegou o jeito e avisa que "agora que se virem em entender o que ela diz".