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Economia

- Publicada em 05 de Maio de 2016 às 18:36

Ociosidade da indústria automotiva chega a 52%

Setores mais afetados foram os de automóveis e veículos, prestadores de serviços e transportes

Setores mais afetados foram os de automóveis e veículos, prestadores de serviços e transportes


ELZA FIÚZA/ABR/JC
Com a baixa demanda por veículos no Brasil, a ociosidade das montadoras instaladas no País está em 52% da capacidade instalada, afirmou, nesta quinta-feira, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Na separação por segmento, ele informou que a produção das montadoras de veículos leves (automóveis e comerciais leves) está ociosa em 50%, enquanto as fábricas de veículos pesados (caminhões e ônibus) superam o patamar de 70%.
Com a baixa demanda por veículos no Brasil, a ociosidade das montadoras instaladas no País está em 52% da capacidade instalada, afirmou, nesta quinta-feira, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Na separação por segmento, ele informou que a produção das montadoras de veículos leves (automóveis e comerciais leves) está ociosa em 50%, enquanto as fábricas de veículos pesados (caminhões e ônibus) superam o patamar de 70%.
As montadoras instaladas no País produziram 169.813 veículos em abril, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O volume, o menor para o mês desde 2004, representa queda de 22,9% em relação a abril de 2015 e retração de 13,6% em comparação com março. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, 658.745 unidades saíram das fábricas, recuo de 25,8% em comparação com igual período de 2015.
Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 163.031 unidades em abril, retração de 22,9% em relação a abril do ano passado e recuo de 13,8% ante o volume do mês anterior. No acumulado do ano, a queda é de 25,4%, para 632.424 unidades.
Entre os pesados, foram 5.197 caminhões produzidos em abril, baixa de 24,3% ante abril do ano passado e retração de 9,2% sobre o resultado de março. O segmento acumula queda de 32,4% no ano até abril, para 20.397 unidades. No caso dos ônibus, as montadoras produziram 1.585 unidades em abril, queda de 23,1% sobre o resultado de igual mês do ano passado e recuo de 4,2% em relação a março. No ano, acumula baixa de 39,2%, para 5.924 unidades.
Com o baixo nível de produção, 35,6 mil trabalhadores estão cadastrados em algum tipo de mecanismo de ajuste no emprego, dos quais 29 mil estão no Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e outros 6 mil no lay-off (suspensão temporária de contratos). A soma do número de funcionários no PPE ou em lay-off está menor em relação aos quase 42 mil em janeiro. (36,5 mil no PPE e 6,3 mil em lay-off).
Megale nega, no entanto, que a redução na adesão ao PPE signifique um menor interesse das empresas em recorrer ao programa do governo para evitar demissões. "O que estamos vendo é um ajuste natural: as empresas entraram no PPE e ele não estava muito claro sobre como funcionava, mas, depois de uma conversa da Anfavea com o governo, o programa foi ajustado, então eu diria que as empresas ainda estão aprendendo a trabalhar com o PPE", explicou.
Em abril, foram vendidas 162.939 unidades, recuo de 25,7% em comparação com igual mês do ano passado e de 9,1% sobre o resultado de março. No acumulado do ano, a queda nas vendas é de 27,9% em relação a igual período do ano anterior, para 644.250 unidades.
Com a baixa demanda, os estoques continuam elevados. Os pátios das montadoras e das concessionárias terminaram o mês com 251,7 mil veículos à espera de um comprador. O estoque é suficiente para 46 dias de venda, considerando o ritmo das vendas registrado em abril. Em março, o número de veículos encalhados, 259,1 mil, era suficiente para 48 dias de vendas, também considerando o ritmo de abril. Segundo a Anfavea, o ideal é que os estoques sustentem cerca de 30 dias de vendas.
Mesmo com as novas quedas de produção e venda em abril, a Anfavea manteve as suas previsões para 2016, de alta de 0,5% na produção e baixa de 7,5% na venda. O presidente da associação admitiu, no entanto, que o cenário deve exigir uma revisão para baixo, o que, segundo ele, deve ocorrer na próxima coletiva de imprensa da entidade, marcada para o início de junho.
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