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Varejo

- Publicada em 05 de Maio de 2016 às 22:10

Lembrancinhas ficam mais caras neste Dia das Mães, diz pesquisa

Presentes como bombons e chocolates sofreram uma elevação de 12,68%, afirma indicador da FGV

Presentes como bombons e chocolates sofreram uma elevação de 12,68%, afirma indicador da FGV


JONATHAN HECKLER/JC
O preço dos presentes para o Dia das Mães subiu em média 6,39%. Reajuste abaixo da inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo FGV/Ibre, que registrou alta de 9,13% entre maio de 2015 e abril de 2016. No entanto, comprar um presente para as mães este ano pode não ser uma tarefa fácil, já que o que fez com que o índice ficasse menor que a inflação foram bens duráveis, que requerem maior investimento, como eletrodomésticos. Por outro lado, artigos com preços mais baixos tiveram alta, mostra levantamento feito por André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
O preço dos presentes para o Dia das Mães subiu em média 6,39%. Reajuste abaixo da inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo FGV/Ibre, que registrou alta de 9,13% entre maio de 2015 e abril de 2016. No entanto, comprar um presente para as mães este ano pode não ser uma tarefa fácil, já que o que fez com que o índice ficasse menor que a inflação foram bens duráveis, que requerem maior investimento, como eletrodomésticos. Por outro lado, artigos com preços mais baixos tiveram alta, mostra levantamento feito por André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
Os produtos e serviços listados na pesquisa foram divididos em três grupos: presentes do lar, presentes executivos e presentes culturais. Destes, os presentes culturais foram os que registraram a maior alta média, de 7,84%. Os presentes executivos - mais utilizados em atividades profissionais - subiram 6,29%, e os destinados ao lar foram os que menos avançaram, com 2,03%, com nenhum produto aumentando acima da inflação.
Alguns dos itens que mais apresentaram crescimento nos preços foram ingresso de teatro, com 34,48%; vinho, com 25,97%; entradas para shows, com 16,23%; bombons e chocolates, com 12,68%; bijuterias, com 8,75; e perfumes, com 7,92%. Já os que tiveram maior baixa foram máquina de lavar roupa, com -2,21%, e geladeira e freezer, -2,16%. "Classifiquei os grupos para tentar achar os vilões da inflação. No entanto, ela está muito influenciada por preços administrados, então não é surpreendente que a média dos produtos para as mães não esteja acima da inflação. O que observamos é que, mesmo com preços médios abaixo da inflação, fica difícil escolher um presente em meio à crise, já que os artigos que baixaram foram justamente os de valor mais alto", avalia Braz.
Artigos que também se destacaram no levantamento foram salão de beleza ( 7,76%), celular ( 5,76%), roupas ( 4,77%) e TV ( 3,78%). Para Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional de Comércio, Bens e Serviços (CNC), o reajuste abaixo da inflação se dá pelo cenário econômico adverso, e a desaceleração dos preços de bens que necessitam de um investimento maior é agravada pela dificuldade de acesso ao crédito.
 

Movimento no comércio tem queda de 9,5% em abril

O movimento dos consumidores no comércio varejista caiu 9,5% em abril no País na comparação com o mesmo mês de 2015, sem ajuste sazonal, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Em relação a março, contudo, o dado já dessazonalizado mostra que houve alta de 2,1%. A elevação, porém, é pontual, segundo a entidade. "Não pode ser encarada ainda como um ponto de inflexão", observa a área de análise. No primeiro quadrimestre, o indicador mostrou queda de 8,8% em relação a igual período concluído em 2015.
De acordo com os economistas da Serasa, o recuo no movimento de consumidores no varejo em abril na comparação entre os anos e ante o primeiro quadrimestre do ano reflete a retração na massa real (descontada a inflação) de rendimento, a redução no nível de confiança e o crédito caro e restritivo.
No quarto mês de 2016 no confronto com abril de 2015, com exceção do segmento de combustíveis e lubrificantes (3,4%), todas as atividades varejistas apresentaram declínio. As taxas negativas ficaram em 10,1% no segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas; em 14% em móveis, eletroeletrônicos e informática; em 19,2% em veículos, motos e peças; em 14,5% em tecidos, vestuário, calçados e acessórios; e em 6,1% em material de construção.

Fluxo em shoppings já dá sinais de recuperação

Os shopping centers começam a dar sinais de recuperação no País, de acordo com levantamento realizado pelo índice IVSC (Índice de Visitas a Shopping Centers), organizado pela Abrasce e a FX Flow Intelligence. Na comparação com março de 2016, o crescimento de abril foi de 10,47%, marcando o segundo aumento consecutivo na comparação mês a mês. De fevereiro para março, o fluxo de visitantes já havia subido 28%.
"Promoções de queima de estoque, o término de estações, como verão, e eventos infantis relacionados à Páscoa são os prováveis motivos para explicar o crescimento no número de pessoas nos centros de compras", afirmou Marcelo Tavares, executivo chefe da FX Flow Intelligence. No ano passado, este mesmo período também registrou alta no índice em comparação a 2014, lembrou o especialista. Por outro lado, na comparação com abril do ano passado, o fluxo de visitantes nos centros de compras do País em abril de 2016 recuou 5,51%. A pesquisa é mensal e leva em conta os dados obtidos pela companhia no acompanhamento dos consumidores nos principais centros de compras do País.