Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 03 de Maio de 2016 às 18:43

Teles justificam franquia na internet por 'abusos' no consumo de dados

As operadoras de telefonia fixa culparam aqueles que "abusam" do consumo da internet pela adoção da franquia de dados nos contratos de banda larga, em audiência pública no Senado ontem. Pela primeira vez falando abertamente sobre o tema, Carlos Duprat, diretor-presidente do Sinditelebrasil, organização que reúne todas as teles do Brasil, disse que há um subsídio invertido no setor, em que os que consomem menos financiam o consumo dos grandes.
As operadoras de telefonia fixa culparam aqueles que "abusam" do consumo da internet pela adoção da franquia de dados nos contratos de banda larga, em audiência pública no Senado ontem. Pela primeira vez falando abertamente sobre o tema, Carlos Duprat, diretor-presidente do Sinditelebrasil, organização que reúne todas as teles do Brasil, disse que há um subsídio invertido no setor, em que os que consomem menos financiam o consumo dos grandes.
Ele apresentou estudo da consultoria Teleco, mostrando que 77,8% da população brasileira tem um consumo de até 50 Gigabytes (GB) por mês e 90% consome até 100 GB. Ou seja, o consumo que considera excessivo está concentrado em poucos usuários. "Quem são os abusos?", questionou. "Abusos são esses acima de 250 GB (ou 1,4%, segundo a Teleco). Hoje, a informação que temos é que são pouquíssimos. Temos aqui um subsídio invertido. É como se estivéssemos em uma churrascaria em que todo mundo come igual, mas alguns comem e outros, não", disse Duprat.
Ele culpou também os consumidores que fazem "gatos", replicando um acesso em outros diversos consumidores, como esses abusadores. As operadoras ratificaram que ainda não começaram a impor, na prática, os limites de franquia de dados na internet. Mas, segundo Duprat, em alguns casos de "abusos", os consumidores têm recebido avisos. As entidades de defesa do consumidor criticaram os argumentos das teles de que a limitação do acesso a dados seja necessária para justificar investimentos do setor em expansão da infraestrutura e também a indicação de que a adoção dos limites seja tendência no exterior. Maria Inês Dolci, da Proteste, provocou a plateia da audiência ao chamar a Anatel de "Amatel". "Seria Anatel ou 'Amatel', a agência que ama as teles e não trabalha em favor do consumidor? O acesso à banda larga já é muito caro", disse Maria Inês.
Rafael Zanatta, do Idec, defendeu que o acesso à internet seja um serviço público essencial e, portanto, e lembrou que muitos brasileiros acompanhavam a discussão no Senado por streaming. Por ser um serviço público essencial, como energia elétrica, haveria mais restrições para o corte ou cobrança extra do serviços. Ele foi rebatido, porém, por Duprat.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO