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Economia

- Publicada em 01 de Maio de 2016 às 22:00

Crédito Real cresce 16% no primeiro trimestre

Mudança na área de tecnologia ocorre desde 2012, afirma Ruschel

Mudança na área de tecnologia ocorre desde 2012, afirma Ruschel


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Uma das principais imobiliárias de Porto Alegre, a Crédito Real teve o que comemorar no primeiro trimestre deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2015, as receitas subiram 16%, "mesmo em uma crise, para o setor, sem precedentes", como classifica o diretor superintendente da empresa, Carlos Eduardo Ruschel. Entre os motivos para o resultado, o diretor destaca um: a adoção, pela empresa, de uma postura mais voltada ao mundo digital, com novas ferramentas e mudanças de comportamento.
Uma das principais imobiliárias de Porto Alegre, a Crédito Real teve o que comemorar no primeiro trimestre deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2015, as receitas subiram 16%, "mesmo em uma crise, para o setor, sem precedentes", como classifica o diretor superintendente da empresa, Carlos Eduardo Ruschel. Entre os motivos para o resultado, o diretor destaca um: a adoção, pela empresa, de uma postura mais voltada ao mundo digital, com novas ferramentas e mudanças de comportamento.
O processo, conta Ruschel, teve o seu início ainda em 2012, quando a empresa passou por uma reformulação completa que fundiu as suas até então três operações (Crédito Real, Mário Espíndola e City, as duas últimas frutos de aquisições) sob uma mesma bandeira. "Resolvemos transformar a Crédito Real em uma empresa orientada tecnologicamente, digital. Não por ter um sistema ou ferramenta, mas em comportamento", argumenta o diretor.
Ruschel cita, por exemplo, a liberação do uso de redes sociais no trabalho pelos 320 funcionários que a empresa tem atualmente como uma das primeiras ações realizadas para mudar o panorama tradicional - facilitando o convívio entre os próprios funcionários e também a relação com os clientes. Além disso, ferramentas surgidas de sugestões e ideias daquela época começam a ser postas em prática agora, ajudando a companhia a aumentar suas receitas.
Entre as soluções que já estão rodando, destaca-se, por exemplo, um canal da empresa no YouTube onde são postados vídeos de alguns dos imóveis em comercialização. "Em vez de fotos, quando você entra na página do imóvel, o primeiro resultado é um tour em vídeo. Somos a primeira empresa fazendo isso", defende Ruschel. A Crédito Real também lançou um aplicativo de geolocalização, que mostra os imóveis disponíveis nas regiões próximas ao usuário, além de blogs para cada um de seus negócios (venda, locação e administração de condomínios), reposicionamento de mídias sociais e uma ferramenta chamada Conecte-se, por onde os clientes recebem as notificações da empresa.
Na busca por negócios, a empresa também trocou os anúncios em classificados por portais específicos para o segmento, como Zap e VivaReal. "O mercado imobiliário é o último a aderir de forma eficaz a tecnologia", argumenta Ruschel, lembrando toda a estrutura cartorial necessária para a efetivação de negócios de locação ou venda de imóveis. Já há imobiliárias em São Paulo nas quais todo o processo é feito digitalmente, com apenas a entrega da chave de maneira presencial.
Embora garanta que a empresa esteja convencida de que esse modelo funcione, Ruschel argumenta que ainda é necessário convencer os proprietários de que os benefícios valem o aumento no risco. "É bom para o honesto, mas é bom também para o fraudador", relativiza o diretor. Ruschel garante, porém, que a agilidade no processo por meios eletrônicos é um objetivo da empresa, que deve lançar novas ferramentas nessa linha nas próximas semanas.
A Crédito Real possui uma carteira com 13 mil imóveis para locação (10,2 mil locados), 2,2 mil para venda e é responsável pela administração de 650 condomínios. Hoje com seis lojas (cinco na Capital e uma em Canoas), a imobiliária já tem aprovados projetos para outras três agências na Capital, uma no Vale do Sinos e outra em Gravataí. "Mas tivemos de segurar os projetos pelo mercado", comenta Ruschel, que admite maior preocupação com as vendas.
Poucos lançamentos, crédito imobiliário difícil e a falta de confiança dos compradores são os principais fatores apontados. Nas locações, as dificuldades são o aumento nas desocupações, as renegociações (principalmente em aluguéis mais caros), e o início de um aumento na inadimplência. "Por conta disso, mesmo com o crescimento, permanecemos com um nível de preocupação alto", afirma o diretor.
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