Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 02 de Maio de 2016 às 22:35

Saudação virou provocação

Ataídes de Oliveira (PSDB-TO)

Ataídes de Oliveira (PSDB-TO)


ROQUE SÁ/AGÊNCIA SENADO/JC
A visita de um ganhador do Nobel da Paz ao Senado causou furor quando ele afirmou que o impeachment é golpe. Adolfo Pérez Esquivel, que ganhou o prêmio em 1980, comparou o processo que a presidente Dilma Rousseff (PT) passa com o que ocorreu em Honduras e no Paraguai, com a destituição dos presidentes Manuel Zelaya, em 2009, e Fernando Lugo, em 2012. "Acima dos interesses partidários estão os interesses do povo do Brasil e de toda América Latina", afirmou o ativista argentino, que ganhou o Nobel por ter enfrentado as ditaduras latino-americanas sem recorrer à violência. Assim que ele deixou o plenário, o senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) reclamou com o senador gaúcho Paulo Paim (PT), autor do convite. "Essa fala concedida foi inadequada. Inaceitável. Este Parlamento jamais poderia ter deixado esse senhor vir aqui dizer que o Brasil está perto de um golpe. Estou indignado. Não aceito e o senhor não poderia ter deixado." Paim ficou atônito. Segundo ele, Esquivel queria apenas fazer "uma saudação de paz aos senadores". Ele se desculpou e "jurou" que não sabia o que o argentino iria falar.
A visita de um ganhador do Nobel da Paz ao Senado causou furor quando ele afirmou que o impeachment é golpe. Adolfo Pérez Esquivel, que ganhou o prêmio em 1980, comparou o processo que a presidente Dilma Rousseff (PT) passa com o que ocorreu em Honduras e no Paraguai, com a destituição dos presidentes Manuel Zelaya, em 2009, e Fernando Lugo, em 2012. "Acima dos interesses partidários estão os interesses do povo do Brasil e de toda América Latina", afirmou o ativista argentino, que ganhou o Nobel por ter enfrentado as ditaduras latino-americanas sem recorrer à violência. Assim que ele deixou o plenário, o senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) reclamou com o senador gaúcho Paulo Paim (PT), autor do convite. "Essa fala concedida foi inadequada. Inaceitável. Este Parlamento jamais poderia ter deixado esse senhor vir aqui dizer que o Brasil está perto de um golpe. Estou indignado. Não aceito e o senhor não poderia ter deixado." Paim ficou atônito. Segundo ele, Esquivel queria apenas fazer "uma saudação de paz aos senadores". Ele se desculpou e "jurou" que não sabia o que o argentino iria falar.
Exemplo de bom senso
Na Câmara dos Deputados, o processo de impeachment teve xingamento, briga, soco, empurrão e cuspe. A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) fez um pedido para que os políticos tenham mais serenidade no processo e deixem de lado o clima de recreio de escola e usou o episódio do Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel como exemplo. "O episódio que aconteceu aqui, felizmente superado com muita habilidade, pela compreensão da maioria dos senadores, especialmente do senador Paulo Paim, foi superado. Não se pode confundir relação pessoal com posições políticas nesse processo tão delicado. É preciso bom senso, respeito e civilidade."
As pedaladas do relator
As ironias do processo de impeachment não acabam. O relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), foi acusado por deputados estaduais do PT mineiro de ter praticado, quando era governador de Minas Gerais, as mesmas pedaladas que compõem o atual calvário de Dilma Rousseff. "O governador Anastasia pedalou para frente, pedalou para trás, para os lados, pedalou para cima", disse o deputado estadual Rogério Correia.
Tudo é política
Na opinião do economista da Universidade de Brasília, Newton Marques, a economia vai andar no País no ritmo do Congresso Nacional, ou seja, vai parar. "Há muito tempo não se aprova nada no Congresso."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO