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Livros

- Publicada em 18 de Maio de 2016 às 16:49

A reportagem é a estrela principal

Livro comemora o aniversário de 10 anos do programa Profissão Repórter

Livro comemora o aniversário de 10 anos do programa Profissão Repórter


Editora Planeta/Divulgação/JC
Profissão Repórter 10 anos - Grandes Aventuras, Grandes Coberturas (Editora Planeta, 380 páginas), de Caco Barcellos e equipe, com organização de Caio Cavechini, comemora o aniversário de 10 anos do famoso e premiado programa de televisão, sucesso de público e de crítica, comandado por Barcellos, considerado por muitos como o melhor jornalista da TV brasileira, especialmente no campo da reportagem.
Profissão Repórter 10 anos - Grandes Aventuras, Grandes Coberturas (Editora Planeta, 380 páginas), de Caco Barcellos e equipe, com organização de Caio Cavechini, comemora o aniversário de 10 anos do famoso e premiado programa de televisão, sucesso de público e de crítica, comandado por Barcellos, considerado por muitos como o melhor jornalista da TV brasileira, especialmente no campo da reportagem.
Ao longo de 250 programas exibidos semanalmente pela TV Globo, a produção já foi objeto de estudos universitários e virou referência para quem ser repórter e procura fazer jus ao bordão: "Os bastidores da notícia. Os desafios da reportagem". A coletânea de textos apresentada por Barcellos e Marcel Souto Maior procura destacar, além de revelar um pouco da alma de cada programa, que "a estrela principal tem que ser e é a reportagem de qualidade", como ensina o jornalista.
Caco Barcellos nasceu em 1950 e é repórter de TV desde 1984, tratando muito de temas ligados à violência e injustiça social. Seus livros Rota 66 e Abusado receberam o Prêmio Jabuti de Literatura. Em 10 anos de existência, as equipes do Profissão Repórter participaram de programas que vão da Primavera Árabe ao terremoto do Haiti, de enchentes históricas à violência urbana no Brasil. Profissão foi indicado ao Emmy Internacional Awards em 2012.
Caio Cavechini, Gabriela Lian, Manoel Soares, Felipe Bentivegna, Mônica Pinheiro, entre outros, assinam os textos sobre aventuras, a redação e o repórter, grandes coberturas e olhares externos, os títulos dos capítulos da obra, que fala de nova cultura da periferia; dependentes de crack; profissionais do sexo em filmes pornôs; sem-teto buscando moradia em São Paulo; noivos apaixonados no dia do casamento; pilotos de monomotor na selva amazônica; voluntários em meio a catástrofes; famílias e equipes médicas mobilizadas em torno de um transplante de coração; e outros temas vibrantes.
Cada texto do livro está acompanhado por uma seleção dos grandes programas do Profissão Repórter, disponível em um website exclusivo: g1.com.br/profissão-reporter/10 anos.
Como se sabe, a matéria-prima do Profissão é o depoimento dos anônimos que, com coragem e generosidade, abrem suas vidas para as câmeras, expõem seus dramas e aflições e dividem suas vitórias e conquistas com milhões de irmãos brasileiros.
Barcellos e sua equipe têm profundo respeito pelos "personagens", os protagonistas de cada reportagem, os que inspiram o trabalho duro do repórter para construir narrativas à altura da "vida real".

Lançamentos

  • A Casa dos Seis Tostões - Perdido numa cidade de livros (Ateliê Editorial, 272 páginas), de Paulo Collins, mostra como ele e a família mudaram das colinas de São Francisco para o interior do País de Gales, numa vila com 1,5 mil habitantes e 40 livrarias, um santuário para bibliófilos.
  • A casa da praia (Bertrand Brasil, 476 páginas), de Nora Roberts, 500 milhões de exemplares em 40 idiomas, narra a vida do advogado Eli em Boston que, após ser inocentado do assassinato da esposa, vai para a casa da praia escrever um romance e recolocar a vida nos eixos.
  • Maio de outono (Edição do autor, 55 páginas), do professor universitário de História aposentado Marcos Vinícios de Almeida Saul, traz belos e pungentes poemas e textos sobre um amor de vida inteira e ideais de uma geração. "Quando, apesar de tudo, sorri ao perceber que a rosa é eterna" são os versos finais.

E palavras...

Estocolmo, o vasa, o Brasil 
Estocolmo, 1,3 milhão de habitantes, capital e maior cidade da Suécia, linda com sua história de quase 800 anos, com suas 14 ilhas, seus prédios, monumentos bem preservados e sua qualidade de vida gigantesca é uma das cidades mais limpas, organizadas e seguras do mundo. É chamada, sem nenhum exagero, de Veneza do Norte e considerada a Capital da Escandinávia.
A Suécia é um país sem excelências, autoridades não têm regalias e a igualdade entre os cidadãos é buscada diariamente. A Câmara Municipal tem 101 membros, a maioria mulheres. Reúnem-se uma vez por mês, não ganham quase nada. Abertas ao público, que fica sentado num nível superior ao dos conselheiros, as sessões são realizadas num dos salões do City Hall, prédio de estilo nacional-romântico inaugurado em 1923 e que sedia a festa anual do Prêmio Nobel, todo dia 10 de dezembro, para 1,3 mil convidados. Há, no salão, um órgão com 10 mil tubos e 135 registros. Os deputados federais suecos, moram, dois a dois, em apartamentos de 40 metros quadrados e precisam marcar hora para usar a máquina onde eles mesmos levam suas roupas para lavar. Esses tempos, uma ministra comprou uma barra de chocolate com dinheiro público e foi um escândalo.
O turista encontra programação cultural, diversão e gastronomia variada, com pratos de comida internacional e arenques de umas 200 espécies, o prato nacional.
Há pouco mais de 100 anos, a Suécia não era essa potência. País relativamente pequeno, com poucos recursos naturais e com muitas rochas, decidiu, sem maiores conflitos ou derramamento de sangue, fechar sua economia e concentrar-se em desenvolver uma sociedade harmônica, fortemente educada, livre, e buscou aprimorar talentos, como os de produzir aparelhos de precisão, automóveis, rolamentos etc.
Em 1628, o poderoso navio Vasa, do rei Gustav Adolf, foi concebido para desenvolver um papel importante na marinha sueca. Depois de navegar algumas centenas de metros, afundou às vistas de moradores de Estocolmo, ceifando a vida de 30 a 50 pessoas. Até hoje, não se sabe a razão principal da tragédia: se foram canhões demais que o rei mandou colocar, se houve poucas pedras para o lastro, se ocorreram problemas de construção ou se houve falha humana. O rei nomeou comissão para apurar. Não foram encontrados culpados. Depois de 333 anos, o navio foi retirado do fundo do mar, restaurado com esforço durante anos e hoje está no magnífico Museu Vasa, que tem visitas guiadas, várias exposições, exibição de documentário, loja com artigos sobre o navio e restaurante de alta qualidade. De exemplo do que não deve ser feito, de vergonha federal, o Vasa passou a ser orgulho do país, do turismo mundial e a receber 1,2 milhão de visitantes por ano - mais ou menos um quinto do que a Torre Eiffel, e isso na distante Escandinávia.
Falar disso é oportuno para nós, brasileiros, nessa hora em que tanto precisamos de exemplos e de união para combater a corrupção e buscar caminhos coletivos para resolver nossos gravíssimos problemas políticos, econômicos, éticos e tantos outros. Quem sabe nossos problemas e crises não serão orgulhos no futuro?

A propósito...

Assim como o Palácio de Versalhes e tantos outros palácios e castelos megalomaníacos do planeta, e a exemplo de tantas experiências negativas com corrupção, quem sabe algum dia, depois de tantos escandalões, a gente possa construir um Museu da Corrupção, um lugar em que objetos e símbolos antigos sirvam de inspiração para o que não deve ser feito. Tipo assim o Vasa dos suecos, um navio que afundou vergonhosamente em 1628 e que, 388 anos depois, mesmo parado dentro de um museu, é capaz de gerar coisas boas e, até, umas divisas para os cofres públicos. (Jaime Cimenti)
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