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Porto Alegre, segunda-feira, 16 de maio de 2016. Atualizado �s 12h11.

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Artes C�nicas

Not�cia da edi��o impressa de 13/05/2016. Alterada em 16/05 �s 12h11min

Christiane Jatahy � um dos grandes nomes na programa��o do Palco Girat�rio no Estado

Christiane Jatahy volta � Capital com os trabalhos A floresta que anda e E se elas fossem para Moscou? (foto)

Christiane Jatahy volta � Capital com os trabalhos A floresta que anda e E se elas fossem para Moscou?


ALINE MACEDO/DIVULGA��O/JC
Michele Rolim
Premiada e com carreira promissora no exterior, a diretora Christiane Jatahy, da carioca Cia. Vértice de Teatro, é um dos grandes nomes que integram a programação desta 11ª edição do Palco Giratório no Estado. Christiane, que já apresentou em Porto Alegre os espetáculos Corte seco e Julia, volta à Capital neste fim de semana com outros dois trabalhos: E se elas fossem para Moscou? e A floresta que anda. As duas produções fecham a trilogia, que começou com Julia, em 2011.
As três produções têm pontos em comuns de fácil identificação como a pesquisa sobre as fronteiras entre teatro e cinema, a adaptação de textos clássicos da dramaturgia teatral e a presença nas três montagens da atriz Julia Bernat.
A montagem Julia tem cenas pré-gravadas e outras filmadas ao vivo durante a apresentação do espetáculo. E se elas fossem para Moscou? foi composta de uma peça e de um filme, que ocorreram simultaneamente em salas distintas. A diretora filmou a peça com a presença do espectador no teatro e, ao mesmo tempo, editou e projetou as imagens produzidas ao vivo em uma tela. Já A floresta que anda funciona como uma galeria de arte, abrigando uma vídeo-instalação. Ela transita por essas duas linguagens desde o espetáculo A falta que nos move (2005). "A partir desse espetáculo, que depois se transformou em um longa-metragem, coloquei o pé no território não apenas usando os dispositivos cinematográficos, mas pensando em fazer cinema", enfatiza a diretora.
No que tange aos textos clássicos, Julia é uma adaptação de Senhorita Julia, do sueco August Strindberg, que conta o envolvimento dela, filha de um conde, com Jean, empregado da casa. O texto discutiu os limites impostos nas relações pelas diferenças sociais e raciais. A outra peça é uma livre adaptação do texto As três irmãs, do russo Anton Tchekhov, que conta a história de Olga, Irina e Macha, que sonham em voltar para Moscou, mas o projeto é sempre adiado. E, finalmente, A floresta que anda, inspirada em Macbeth, de William Shakespeare, para falar do atual sistema político e econômico brasileiro e mundial.
Também estão presentes outros elementos que são constantes da obra da diretora, como a relação da dramaturgia com o espaço. "Essa relação tem sempre como motivo o ponto de vista do espectador, como ele vai estar inserido nisso, é dramatúrgico, não apenas visual, o espectador é alguém que esta convidado a colaborar com aquela obra", explica ela, que trabalha desde o final dos anos 1990 com o arquiteto e cenógrafo Marcelo Lipiani, que também é seu marido.
Aliás, o público é elemento essencial nos trabalhos da artista. Se em Julia o espectador é editor da obra, já que ele escolhe se observa a cena ou o vídeo, em E se elas fossem para Moscou? cabe ao público escolher qual das duas experiências (espetáculo ou filme), ou ambas, gostaria de ter, e em que ordem isso se daria. E, por fim, em A floresta que anda, o espectador está dentro de uma instalação.
Além de trabalhar as fronteiras entre teatro e cinema, Christiane transita em suas obras pela linha tênue entre a realidade a ficção, desde o espetáculo Conjugado (2004) - uma performance/vídeo-instalação baseada em entrevistas sobre a solidão nos grandes centros urbanos. "A partir de Julia, a minha pesquisa continua valorizando os depoimentos reais, mas faço um caminho inverso, não necessariamente crio textos ficcionais, que partem do material real, trago textos ficcionais e introjeto neles o que é a realidade hoje", destaca.
A floresta que anda está em cartaz nesta sexta-feira e sábado, às 19h, 20h e 21h, no Centro de Eventos do BarraShoppingSul (Diário de Notícias, 300). E se elas fossem para Moscou? tem apresentações dias 17 e 18 de maio, com espetáculo e filme, às 19h e às 21h15min, no Museu do Trabalho (Andradas, 230). Os ingressos custam entre R$ 10,00 e R$ 20,00, e estão à venda no Teatro do Sesc Centro (Alberto Bins, 665) ou no local.
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