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Empresas & Negócios

- Publicada em 18 de Maio de 2016 às 16:17

Setor de beleza se adapta ao bolso

Com menos dinheiro no bolso, o consumidor está tendo de fazer opções também na hora de se cuidar, e, muitas vezes, a solução é trocar o cosmético predileto por marcas mais em conta, ou optar pelas nacionais em vez das importadas. Para conquistar esse cliente mais restritivo nas escolhas, o setor de beleza e higiene está fazendo de tudo: embalagens mais econômicas, segurar o repasse da alta dos custos e explorar novos nichos de produtos e canais de distribuição. Tudo para evitar outro ano de retração.
Com menos dinheiro no bolso, o consumidor está tendo de fazer opções também na hora de se cuidar, e, muitas vezes, a solução é trocar o cosmético predileto por marcas mais em conta, ou optar pelas nacionais em vez das importadas. Para conquistar esse cliente mais restritivo nas escolhas, o setor de beleza e higiene está fazendo de tudo: embalagens mais econômicas, segurar o repasse da alta dos custos e explorar novos nichos de produtos e canais de distribuição. Tudo para evitar outro ano de retração.
Em 2015, foi a primeira vez em 23 anos que houve queda no faturamento real da indústria de produtos de higiene pessoal e cosméticos. E, se não dá para deixar de lavar o cabelo, o que mais tem ocorrido é a escolha do produto pelo preço. "Com a busca intensa por preço, o consumidor está mais disposto a trocar sua marca de preferência por outras mais baratas, em um movimento que chamamos de trade down", explica Tatiane Vale, analista da Nielsen.
Na categoria de higiene pessoal e beleza, essa troca por itens mais baratos já atinge 70% do total de produtos da categoria analisados pela Nielsen. Nesse cenário, empresas que vendem produtos considerados mais premium vêm registrando queda nas vendas e não têm espaço para fazer repasse dos preços - sendo que algumas trabalham com insumos importados.
Essa mudança de patamar no preço dos produtos fez com que o Brasil caísse da terceira para a quarta posição no ranking mundial de consumo desses itens, ficando atrás de Estados Unidos, China e Japão. A combinação de alta nos impostos, recessão econômica e valorização do dólar fizeram o faturamento real do setor cair 8%, para R$ 42,6 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
Foram a crise - que levou ao consumo de produtos mais em conta - e o aumento nos tributos sobre o setor que fizeram a Natura, a segunda maior do ramo no País, registrar prejuízo de R$ 69,1 milhões no primeiro trimestre do ano, ante lucro de R$ 119,6 milhões em relação a igual período de 2015.
Para reverter o quadro, a empresa está investindo na internacionalização dos negócios; no fim da produção de produtos com baixo nível de venda, para reduzir os custos de produção; na abertura de lojas próprias - a primeira foi inauguração no dia 26 de abril, no Shopping Morumbi, em São Paulo -; e em novos canais de distribuição. Com isso, a linha de produtos Sou será vendida nas farmácias Raia e Drogasil.
"O nosso plano de negócios tem os seguintes focos: revitalizar o canal de vendas, um esforço de inovação, racionalização do portfólio, posicionamento de estratégia da marca, novas alternativas de canais e a expansão internacional", afirmou, em teleconferência a analistas, Roberto Lima, presidente da empresa. 
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