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Política

- Publicada em 26 de Abril de 2016 às 19:03

Parecer do impeachment será votado dia 6

Raimundo Lira foi aclamado presidente e Antonio Anastasia eleito relator

Raimundo Lira foi aclamado presidente e Antonio Anastasia eleito relator


GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO/JC
A Comissão Especial do Senado que vai analisar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), foi instalada ontem.
A Comissão Especial do Senado que vai analisar a admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), foi instalada ontem.
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), indicado pelo PMDB, foi eleito por aclamação presidente da Comissão Especial do Impeachment, e Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi eleito relator.
Durante a reunião, os integrantes aprovaram o calendário apresentado por Anastasia, que prevê a apresentação do relatório no dia 4 de maio e a votação do texto em 6 de maio. Nesta quinta-feira, será ouvida a acusação. Na sexta-feira, o colegiado ouve a defesa da presidente.
Em discurso de posse, Raimundo Lira agradeceu a confiança dos demais senadores e pediu a todos tranquilidade ao longo do trabalho na comissão.
Após ser eleito com apenas cinco votos contrários, Anastasia prometeu serenidade e responsabilidade. O parlamentar também assegurou atuar de modo democrático e negou ter sido secretário executivo de Miguel Reale Júnior, um dos autores da iniciativa de impeachment.
"Será um trabalho de grave responsabilidade e de muito equilíbrio para que possamos concluir nos prazos devidos", afirmou Anastasia.
A reunião começou com discussões entre a oposição e os governistas, que não aceitavam o senador mineiro na relatoria. Eles apresentaram, na noite de segunda-feira, duas questões de ordem alegando que faltaria ao parlamentar a isenção necessária ao cargo.
Os pedidos foram indeferidos pelo presidente Raimundo Lira, sob alegação de que nem Anastasia, nem o PSDB são autores da denúncia contra a presidente Dilma. Insatisfeitas com o resultado, as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentaram recurso, que foi vencido em plenário.
Vanessa também apresentou uma terceira questão de ordem, alegando que o advogado Flávio Henrique Costa Pereira, filiado ao PSDB, deveria ser incluído entre os autores da denúncia de impeachment, ao lado dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal.
O senador Cássio Cunha Lima rebateu, afirmando que Flávio assinou a peça inicial apenas como advogado dos juristas, e não como autor. Ele disse que o questionamento era apenas uma medida protelatória dos governistas, uma "chicana jurídica" para atrapalhar o trabalho da comissão.
"Nós, do PT, entendemos que temos a presidente sob julgamento, e não é adequado ter um relator do PSDB, que patrocina esta causa e cujo advogado é parte integrante do grupo de denunciantes. Uma comissão assim começa mal, começa muito mal", lamentou o líder do governo, Humberto Costa (PT-PE).
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), por sua vez, questionou o fato de o PT não apresentar a indicação de um candidato. Este foi o primeiro encontro da comissão. Hoje, os senadores voltam a se reunir para mais debates às 9h.
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