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- Publicada em 21 de Abril de 2016 às 19:35

MST mineiro prevê invasões em caso de impeachment

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas Gerais vai invadir fazendas e interromper tráfego de rodovias em todo o Brasil caso o impeachment de Dilma Rousseff (PT) seja aprovado no Senado e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma o mandato.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas Gerais vai invadir fazendas e interromper tráfego de rodovias em todo o Brasil caso o impeachment de Dilma Rousseff (PT) seja aprovado no Senado e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma o mandato.
A informação é do coordenador MST em Minas, Enio Bohmenberger, que esteve, nesta quinta-feira, em Ouro Preto para acompanhar a entrega da Medalha da Inconfidência em Ouro Preto. O MST levou cerca de 3 mil integrantes ao evento.
Segundo o líder do movimento, em Minas Gerais já foram escolhidas as fazendas que serão invadidas em caso de impeachment. Bohmenberger não acredita, porém, que a saída da presidente do governo já esteja consolidada. "Tudo vai depender da movimentação que acontecer nas ruas", afirmou. Integrantes do MST foram colocados na maior parte das cerca de 500 cadeiras reservadas à população para acompanhar a entrega da medalha em Ouro Preto.
Depois de anunciar, em 2015, a reabertura da Praça Tiradentes para moradores e turistas na cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, o governador Fernando Pimentel voltou este ano a restringir o acesso à área. Nesta quinta-feira, até mesmo quem tentava passar pela praça para chegar a pousadas e residências era abordado por policiais militares e orientado a desviar da região. O acesso era feito somente com credenciais.
Cerca de 500 cadeiras foram colocadas para quem quisesse acompanhar a cerimônia a partir de uma área também com acesso controlado pela Polícia Militar. Durante as gestões de Aécio Neves (PSDB) e Antônio Anastasia (PSDB), sistema semelhante foi adotado para a cerimônia.
No ano passado, o governador Pimentel foi vaiado principalmente por professores que protestavam por aumento de salário. Morador de Ouro Preto há 18 anos, o artesão Agostinho Ferreiro da Silva, 49 anos, reclamou do esquema adotado por Pimentel e seus antecessores. "Atrapalha muito. Fica tudo parado até o fim da tarde", disse. Agostinho trabalha em uma feira próxima à praça. "Acho que fazem isso por medo de manifestações", diz o artesão.

Cristo Redentor pede socorro na capa da revista britânica The Economist

O Cristo Redentor estampa novamente a capa da revista britânica The Economist. E, desta vez, ele pede socorro. Em editorial sobre as crises política e econômica por que passa o Brasil, a revista afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) decepcionou o País - assim como toda a classe política. Não por acaso, o texto é intitulado "A grande traição".
"O fracasso não foi feito apenas pela senhora Rousseff. Toda a classe política tem decepcionado o País pela combinação de negligência e corrupção. Os líderes do Brasil não ganharão o respeito de volta de seus cidadãos ou superarão os problemas econômicos a não ser que haja uma limpeza completa."
A revista descreve a votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, que avalia ter se dado em um momento desesperador para o País em vista dos números da economia. "Domingo não foi o fim de Dilma Rousseff, mas sua saída agora não está longe. O Brasil não tem que ficar em luto. A incompetência no primeiro mandato tornou a situação econômica do País incomparavelmente pior."

Cristo Redentor pede socorro na capa da 'Economist'

O Cristo Redentor estampa novamente a capa da revista britânica The Economist. E, desta vez, ele pede socorro. Em editorial sobre as crises política e econômica por que passa o Brasil, a revista afirma que a presidente Dilma Rousseff decepcionou o país - assim como toda a classe política. Não por acaso, o texto é intitulado “A grande traição”.
“O fracasso não foi feito apenas pela senhora Rousseff. Toda a classe política tem decepcionado o país pela combinação de negligência e corrupção. Os líderes do Brasil não ganharão o respeito de volta de seus cidadãos ou superarão os problemas econômicos a não ser que haja uma limpeza completa”.
A revista descreve a votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, que avalia ter se dado em um momento desesperador para o país em vista dos preocupantes números da economia. “Domingo não foi o fim de Dilma Rousseff, mas sua saída agora não está longe. O Brasil não tem que ficar em luto por ela. A incompetência em seu primeiro mandato tornou a situação econômica do país incomparavelmente pior. Seu Partido dos Trabalhadores é o principal por trás do escândalo na Petrobras. Embora Dilma não tenha pessoalmente sido implicada em malfeitos, ela tentou proteger seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, da Justiça”.
“O que é alarmante é que aqueles que estão trabalhando para o seu afastamento são, em muitos aspectos, piores”, cita o editorial que lembra que o vice-presidente Michel Temer é filiado ao PMDB. “O PMDB também está perdidamente comprometido. Um dos seus líderes é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que presidiu o espetáculo do impeachment de seis horas no domingo. Ele é acusado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar suborno da Petrobras”, diz a revista.
Para a Economist, “não há maneiras rápidas” de resolver a situação. As raízes dos problemas políticos viriam, segundo a revista, da economia baseada no trabalho escravo do século XIX, a ditadura do século XX e o sistema eleitoral em vigor. “No curto prazo, impeachment não vai consertar isso”, diz a revista.
O editorial diz que a acusação da manipulação contábil de Dilma parece “tão pequena que apenas um punhado de deputados se preocupou em mencionar isso em seus dez segundos” na votação. A revista avalia que, se Dilma for deposta por uma razão técnica, “o senhor Temer vai lutar para ser visto como um presidente legítimo pela grande maioria dos brasileiros que ainda apoiam a senhora Rousseff”.
Por isso, a revista defende que uma maneira de contornar a situação seria a realização de novas eleições que elegeriam um presidente com apoio popular para executar reformas - algo inconstitucional, ressalte-se. “Os eleitores também merecem uma chance de se livrar de todo o Congresso infestado de corrupção. Apenas novos líderes e novos legisladores podem realizar as reformas fundamentais que o Brasil necessita”, diz a revista.
“Assim, há uma boa chance de o Brasil ser condenado à confusão sob a atual geração de políticos desacreditados. Os eleitores não devem se esquecer deste momento. Porque, no fim, eles terão a chance de ir às urnas - e devem usá-las para votar em algo melhor”.