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Política

- Publicada em 18 de Abril de 2016 às 22:14

Dissidentes pedetistas podem sofrer expulsão

Gaúcho Cherini e outros cinco contrariaram orientação pelo voto não

Gaúcho Cherini e outros cinco contrariaram orientação pelo voto não


NILSON BASTIAN/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Marcus Meneghetti
A executiva nacional do PDT abriu ontem processo na comissão de ética do partido para julgar a expulsão dos seis deputados federais que desobedeceram a orientação da legenda ao votarem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Em um vídeo divulgado ontem, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que o processo dentro do partido vai ser concluído em uma reunião do diretório nacional, no dia 30 de maio, quando a expulsão dos dissidentes vai ser votada.
A executiva nacional do PDT abriu ontem processo na comissão de ética do partido para julgar a expulsão dos seis deputados federais que desobedeceram a orientação da legenda ao votarem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Em um vídeo divulgado ontem, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que o processo dentro do partido vai ser concluído em uma reunião do diretório nacional, no dia 30 de maio, quando a expulsão dos dissidentes vai ser votada.
No mesmo vídeo, Lupi disse que a decisão contrária ao afastamento da presidente foi tomada por unanimidade e reiterada em outros encontros com a bancada no Congresso Nacional: "No dia 22 de janeiro (em reunião da executiva nacional), definimos contra o impeachment. Depois, tivemos outras três reuniões com a executiva, nossos deputados federais e senadores. Em todos esses encontros, foram reiterados esses compromissos (contra o impeachment)".
De acordo com Lupi, os parlamentares sabiam que quem votasse a favor da cassação da presidente sofreria punições dentro do partido. Quem se abstivesse, não. Entre a bancada gaúcha, o deputado federal Giovani Cherini votou a favor do processo de afastamento, e Pompeo de Matos que também é presidente do diretório estadual do PDT se absteve.
"Informamos a todos da deliberação pessoalmente, por e-mail, por ofício. Infelizmente, seis companheiros resolveram atender ao seu interesse pessoal e a outros interesses que não sei quais são, e votaram contra o partido. Foi uma decisão política do partido. Não é por que uma pessoa tem mandato que ela pode desrespeitar uma decisão do seu órgão maior", falou, justificando a abertura de processo disciplinar contra os dissidentes. 
Cherini disse que as sanções "são truculentas e injustas, porque os deputados têm que votar com a sua consciência". Além disso, o deputado criticou o discurso sustentado pelo próprio Lupi de que, se manifestando contra o impeachment, os parlamentares estariam defendendo a legalidade. 
"Dizem que (a campanha contra o impeachment) é um novo Movimento da Legalidade. Não é. Dizem que é golpe. Só seria golpe se o vice-presidente (Michel Temer, PMDB) não tivesse sido eleito com os mesmos votos que ela. Esse governo foi uma grande roubalheira. E não voto com roubalheira", alfinetou Cherini.
O deputado declarou ainda que sua defesa na comissão de ética do partido vai ser entregue dentro do prazo. "Vou argumentar que votei com a base do PDT gaúcho. A base do partido concorda comigo", falou. Pompeo não atendeu a reportagem até o fechamento da edição. 
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