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Política

- Publicada em 14 de Abril de 2016 às 22:45

Grupos acompanham impeachment ao vivo

Acampamento no bairro Moinhos de Vento contará com food-trucks

Acampamento no bairro Moinhos de Vento contará com food-trucks


ANTONIO PAZ/JC
Marcus Meneghetti
O movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) está acampado há quase um mês no Parcão. Os apoiadores da presidente montaram suas barracas e tendas na Praça da Matriz na segunda-feira passada. Os organizadores dos dois acampamentos onde têm sido organizadas atividades culturais planejam transmitir, ao vivo, para milhares de pessoas, a votação do relatório da Comissão Especial de Impeachment, prevista para este domingo, no plenário da Câmara dos Deputados.
O movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) está acampado há quase um mês no Parcão. Os apoiadores da presidente montaram suas barracas e tendas na Praça da Matriz na segunda-feira passada. Os organizadores dos dois acampamentos onde têm sido organizadas atividades culturais planejam transmitir, ao vivo, para milhares de pessoas, a votação do relatório da Comissão Especial de Impeachment, prevista para este domingo, no plenário da Câmara dos Deputados.
Nesta sexta-feira, a Frente Brasil Popular e o movimento Povo Sem Medo organizadores das mobilizações em apoio à presidente Dilma convocaram uma entrevista coletiva na Praça da Matriz, onde estão acampados. "Domingo, pela manhã, levantaremos o acampamento daqui da Praça da Matriz, para possibilitar que as milhares de pessoas que estão vindo do Interior do Estado possam se concentrar aqui e acompanhar em um telão a votação (do impeachment na Câmara dos Deputados)", anunciou o membro da Frente, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Guiomar Vidor.
Outro integrante da Frente, o presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo, complementou a agenda dos apoiadores da presidente Dilma: "Nesta sexta-feira, às 9h, os trabalhadores rurais vão fazer uma marcha do Monumento do Laçador até a Praça da Matriz. No final da tarde, a partir das 18h30min, convidamos a sociedade gaúcha a se concentrar na Esquina Democrática (Rua dos Andradas, com Borges de Medeiros) para uma vigília pela democracia".
Em contraponto, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua (VPR) que, junto com a Banda Loka Liberal, coordenam o acampamento no Parcão também organizam uma programação até o dia da votação.  No acampamento, também foram exibidos filmes que fomentassem discussões em torno das teorias liberais. Apesar de haver uma palestra com o historiador Thomas Giulliano Ferreira dos Santos, marcada para este sábado, às 16h30min, o principal evento está previsto para domingo.
"Vamos colocar dois telões de LED, de 5m por 8m, na altura da passarela (da avenida Goethe) e um carro de som para transmitir a apuração dos votos (na Câmara). Vai ter uma estrutura de Food Trucks ao redor do parque. E a gente está estimulando as pessoas a virem para cá com cadeiras de praia e cangas, porque vai ser um evento bastante longo", projetou o coordenador gaúcho do movimento Vem Pra Rua (VPR), Antonio Gornatti, um dos organizadores do acampamento no Parcão. 
Segundo Gornatti, cerca de 30 pessoas estão acampadas no Parcão desde o início da empreitada. São militantes não só do VPR, mas também do Movimento Brasil livre (MBL) e da Banda Loka Liberal. Estão acomodados em barracas de camping, sob as árvores do parque, próximo à esquina das avenidas Goethe e Mostardeiro.
"A maioria das pessoas que estão passando os dias aqui trabalham. Por isso, nos fins de tarde, quando saem dos seus empregos, o acampamento fica com mais gente. Inclusive, algumas pessoas que vêm ao parque passam aqui para conversar, apoiar o movimento etc", contou Gornatti. 
Ao redor das barracas, penduraram cartazes e faixas: alguns hostilizam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma e o PT; outros criticam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente Michel Temer (PMDB); outros ainda exaltam o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. 
"Não somos seletivos no combate à corrupção. Queremos que todos os corruptos sejam punidos. O primeiro passo é tirar o PT do poder. Mas sabemos que, se acontecer o impeachment, quem assume o poder é outro partido corrupto, o PMDB. Temos uma faixa com os dizeres 'fora Cunha' e 'fora Temer'. É um aviso...", disse o coordenador do VPR.
Na Praça da Matriz, integrantes de movimentos sociais que fazem parte da Frente Brasil Popular ou do Povo Sem Medo montaram dezenas de barracas e tendas, onde há atividades culturais permanentemente, sobretudo apresentações musicais e peças teatro. As pessoas que estão instaladas ali usam bonés do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, de centrais sindicais, partidos políticos de esquerda, entre outras organizações.
Inclusive, participam do acampamento algumas legendas que não compõem a base aliada do governo federal, como o P-Sol. "O impeachment é golpe, porque não tem base jurídica. Na verdade, o que está em jogo são os interesses econômicos e sociais. A Ponte para o Futuro, do PMDB, é uma tentativa de rasgar direitos trabalhistas de muitas décadas. Um projeto que jamais seria aprovado pela população nas eleições", explicou Neiva Lazzarotto, representante do P-Sol.
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