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Crise política

- Publicada em 04 de Abril de 2016 às 19:53

PGR pedirá documentos de empresa panamenha

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai pedir às autoridades do Panamá informações sobre os clientes brasileiros da empresa Mossack Fonseca, especializada na abertura de empresas sediadas em paraísos fiscais.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai pedir às autoridades do Panamá informações sobre os clientes brasileiros da empresa Mossack Fonseca, especializada na abertura de empresas sediadas em paraísos fiscais.
O pedido, que está sendo elaborado pela secretaria de cooperação internacional da PGR, será encaminhado ao Ministério Público do Panamá no esteio do escândalo "Panama Papers" - vazamento de mais de 11 milhões de documentos do escritório da Mossack Fonseca para o jornal alemão "Süddeutsche Zeitung". O diário compartilhou os papéis com 376 jornalistas de 109 veículos em 76 países, todos ligados ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), uma entidade sem fins lucrativos com sede em Washington, nos Estados Unidos. A série de reportagens foi batizada internacionalmente de "Panama Papers".
Embora as informações que vieram à tona com o vazamento tenham utilidade para o trabalho de inteligência, o pedido de cooperação da PGR é dirigido à Procuradoria panamenha para que papéis e dados novos da Mossack Fonseca possam ter validade como prova em ações penais no Brasil.
A Mossack Fonseca tem uma filial em São Paulo, que foi vasculhada pela Polícia Federal (PF) em janeiro. Empregados da empresa foram detidos no curso da fase Triplo X da Operação Lava Jato.
Na época, o juiz Sergio Moro autorizou a busca e apreensão, porque a Mossack foi utilizada por ao menos quatro suspeitos de pagar ou receber propina no esquema de corrupção da Petrobras para a abertura de offshores.
Políticos brasileiros e seus familiares aparecem como beneficiários de empresas offshore criadas ou vendidas pela Mossack Fonseca, firma panamenha especializada na abertura de pessoas jurídicas em paraísos fiscais.
As informações são do UOL. Segundo as reportagens, políticos de PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB aparecem entre os beneficiários. Entre eles estão: o deputado federal Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) e o pai dele, o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso; o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto; e os ex-deputados João Lyra (PSD-AL) e Vadão Gomes (PP-SP).

Situação brasileira é capa do jornal The New York Times

 Capa do New York Times destaca a conjuntura político-econômica

Capa do New York Times destaca a conjuntura político-econômica


REPRODUÇÃO/JC
O jornal americano The New York Times (NYT), um dos mais prestigiados do mundo, traz como destaque em sua capa desta segunda-feira uma reportagem que busca explicar os elos entre a corrupção e a atual crise política brasileira.
A reportagem do NYT entrevista o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), preso pela Polícia Federal por tentar interferir nas investigações da Operação Lava Jato. Ao NYT, Delcídio afirma que se sentiu como "batendo em um muro após uma perseguição em alta velocidade". O jornal aponta o escândalo de corrupção na Petrobras como um dos mais extensos entre os países em desenvolvimento, afirmando ainda que ele, ao lado da crise econômica que afeta o País, "devastou as ambições globais" do Brasil.
Entre os políticos citados como alvos de acusações de Delcídio estão o ex-presidente Lula (PT), além de Michel Temer (PMDB) e do líder da oposição Aécio Neves (PSDB), além da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Delcídio, ela o teria instruído a sabotar uma investigação sobre a Petrobras, convencendo juízes influentes a libertar empreiteiros acusados de corrupção.

PMDB baiano apresenta pedido de expulsão de Kátia Abreu

Presidente estadual do PMDB da Bahia e primeiro secretário nacional da legenda, Geddel Vieira Lima ingressará no Conselho de Ética do partido, hoje, com pedido de expulsão da ministra Kátia Abreu (Agricultura).
"Além de ela descumprir uma decisão do diretório nacional, ela tem tido um comportamento provocativo, desafiador, em relação ao partido. É um comportamento inapropriado", afirmou Geddel. Segundo ele, o processo será acompanhado de uma liminar com pedido de suspensão imediata da ministra.
Kátia Abreu recorreu na semana passada às redes sociais para dizer que não pretende deixar o governo. As mensagens foram publicadas após a decisão do diretório nacional do PMDB que determinou a "saída imediata" dos integrantes da legenda do governo Dilma. "Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil no enfrentamento da crise", disse a ministra no Twitter. "Deixamos a presidente à vontade caso ela necessite de espaço para recompor sua base", afirmou. "O importante é que na tempestade estaremos juntos", concluiu.
Além do Ministério da Agricultura, o PMDB detém o comando das pastas de Minas e Energia, Saúde, Ciência e Tecnologia, Aviação Civil e Portos.
Segundo Geddel, os processos contra os ministros que insistirem em ficar no cargo devem ser encaminhados após o dia 12 de abril, quando se completará 30 dias da decisão do diretório nacional.