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Opinião

- Publicada em 18 de Abril de 2016 às 16:50

PT, por que esta marca vale tanto?

A interrogação adicionada ao ponto de exclamação reforça simultaneamente dúvida, surpresa, e até descontentamento. O certo é que a criminalização do PT teve efeito inverso e curioso entre a juventude. O PT voltou a ter ares insurgentes. Apesar de todos os escândalos envolvendo pessoas do partido, cresce vertiginosamente o número de filiação ao PT entre o público jovem. Promove um arrastão junto à juventude.
A interrogação adicionada ao ponto de exclamação reforça simultaneamente dúvida, surpresa, e até descontentamento. O certo é que a criminalização do PT teve efeito inverso e curioso entre a juventude. O PT voltou a ter ares insurgentes. Apesar de todos os escândalos envolvendo pessoas do partido, cresce vertiginosamente o número de filiação ao PT entre o público jovem. Promove um arrastão junto à juventude.
Os problemas atuais da legenda não são ignorados, mas superestimá-los é um equívoco igualmente grave. Sabe-se de suas fraquezas, pois no poder se comportou como os demais partidos, igualou-se em desvios. Por outro lado, fez muito mais que os demais, afinal não é pouca coisa colocar 7,5 milhões de jovens na universidade em 10 anos enquanto que durante 100 anos sequer tínhamos 3 milhões de estudantes, ou seja, em 12 anos foram colocados mais jovens na universidade do que foi conseguido em um século. Enfrentou com firmeza a corporação dos médicos, alocando médicos para mais de 3 mil municípios que assim o necessitavam. Enfim, os avanços foram muitos. Por isso, a marca PT ainda representa o imaginário de uma sigla que atua pelas conquistas sociais, por uma diminuição da desigualdade, pela tentativa harmoniosa de efetuar mudanças sociais. Tudo isto representa sua força.
A ameaça que persegue a sigla, não é o antipetismo inato, pois o mesmo não é de agora, simplesmente aflorou devido a crise econômica (as pessoas simplesmente saíram do armário - anteriormente não tinham coragem de fazê-lo). Tampouco a mídia, já que não é de agora que ela está enraizada na história do Brasil, como golpista. Recordamos, entre outras, a cruzada que levou ao suicídio de Getulio Vargas e de mãos dadas com o golpe civil-militar em 1964. A ameaça é perder tudo o que foi conquistado, é desperdiçar os avanços obtidos, retornando a subserviência pura e simples.
Em contrapartida, tem a oportunidade de refazer-se, corrigir e evitar suas imperfeições. Em suma, sobrevivendo a tanto, desgastada, ela não tira o sonho, o imaginário, em que mostra ser possível avanços econômico-sociais andarem lado a lado.
Especialista em Gestão Empresarial/FVG
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