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Opinião

- Publicada em 05 de Abril de 2016 às 17:30

Mercosul não tem a agilidade comercial necessária

Ao completar 25 anos de criação, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) ainda carece da agilidade comercial que um bloco econômico regional, com muitos laços afetivos, deve ter.
Ao completar 25 anos de criação, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) ainda carece da agilidade comercial que um bloco econômico regional, com muitos laços afetivos, deve ter.
Por isso mesmo, com a crise econômica mundial e os problemas internos do Brasil, seria um bom momento para que o bloco fosse relançado. Mas sem as amarras que o bloqueiam neste século XXI.
Enquanto isso, os que demonizam tudo o que é sugerido pelos Estados Unidos citam que apenas a potência do Norte teria vantagens em acordo comercial com o Mercosul, como as que obteve no lançamento do acordo transatlântico de livre comércio, o Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP), que envolve os Estados Unidos e a União Europeia.
Enquanto isso, o Brasil continua com um passivo comercial em algumas áreas, e segue sem tirar proveito do Mercosul. Desde algum tempo que muitos dizem que o Mercado Comum do Sul está moribundo. Atabalhoadamente, a Venezuela foi aceita como membro pleno sem qualquer compromisso com os princípios do bloco.
Com o novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, cuja ascensão ao poder deu abertura à economia do país vizinho, pode ser que o Brasil tenha condições de fazer mais negócios intrabloco, como seria o desejável.
Claro, em uma mão de duas vias, vendendo e comprando do parceiro, como, de resto, também negociando com o Uruguai e o Paraguai.
Em meio à crise econômica do País, industriais brasileiros veem o vizinho como uma "tábua de salvação", após o início do governo Macri, apostando que, com a melhora dos indicadores econômicos, os argentinos importarão artigos manufaturados produzidos aqui.
Antes, a Argentina falava muito e pouco concretizava. Macri mudou o estilo. Adepto da economia de mercado e tendo acertado a dívida bilionária com fundos dos EUA, ganhou um enorme afago da Casa Branca, uma vez que o presidente Barack Obama esteve em Buenos Aires após ter passado por Cuba.
O Rio Grande do Sul, teoricamente beneficiado com mais negócios envolvendo o Brasil e Argentina, pela nossa proximidade geográfica com o país vizinho, precisa de uma lufada nas exportações e a Argentina é um dos alvos mais cobiçados.
Se a Argentina continuasse a impor barreiras, as mais diversas, aos produtos brasileiros, o nosso Estado seria bastante prejudicado, caso das indústrias e máquinas e implementos agrícolas.
Mesmo até o final de 2015, com duas presidentes alinhadas politicamente, Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e Cristina Kirchner na Casa Rosada, isso não acarretou melhor entendimento, com pouco resultado prático.
Agora, o pragmatismo de Macri e Dilma poderá fazer andar, por exemplo, o acordo com a União Europeia (UE), ainda que muitos digam, em Brasília, que a UE tenha pouco a oferecer, querendo apenas vender ao Mercosul algo que, obviamente, não interessa ao bloco regional.
O fato é que tanto Cristina Kirchner quanto Dilma Rousseff não conseguiram acertar o comércio bilateral.
Espera-se que o Mercosul, liderado por Brasil e Argentina, avance em seus negócios agora que está completando 25 anos de existência nada profícua.
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