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Opinião

- Publicada em 04 de Abril de 2016 às 15:54

Não ao PMDB e também aos fisiologistas

O PMDB de Ulysses Guimarães, aquele que resistiu à ditadura e que, junto com outros movimentos sociais e políticos, abriu caminho até a democratização nos anos 1980, não existe mais. O partido que carrega a sigla hoje é fisiologista, viciado no poder e apegado aos cargos e aos conchavos. O PMDB de hoje é participante e beneficiário dos maiores escândalos da história da República.
O PMDB de Ulysses Guimarães, aquele que resistiu à ditadura e que, junto com outros movimentos sociais e políticos, abriu caminho até a democratização nos anos 1980, não existe mais. O partido que carrega a sigla hoje é fisiologista, viciado no poder e apegado aos cargos e aos conchavos. O PMDB de hoje é participante e beneficiário dos maiores escândalos da história da República.
Como que por ironia, esse partido, que foi criado justamente para ser o contraponto, funciona, desde a redemocratização, como a grande força que deu governabilidade aos presidentes da República desde José Sarney. Mas soube cobrar um preço alto por isso. Sempre, e mais especialmente nos últimos governos, acumulou ministérios e cargos em toda a hierarquia do Estado brasileiro, administrando orçamentos bilionários. Agora, que a estrutura de apoio ao governo e o próprio governo desabam aos olhos do mundo, o PMDB anuncia a sua saída da base com o intuito claro de descolar-se da trágica condução do País liderada pelo PT. Foi mais uma manobra para perpetuar-se no poder e para tentar livrar alguns dos seus caciques, contra os quais sobram indícios de crimes, dos julgamentos da nação e da Justiça. Mas há o outro lado da moeda. O próprio governo anuncia como positiva a saída do PMDB neste momento da crise. É óbvio. A debandada do maior partido da base abre milhares de cargos, que serão destinados aos novos amigos do poder. Certamente, serão usados como moeda de troca para angariar apoio contra o impedimento da presidente. Por isso, temos de ficar atentos. O PMDB de hoje, que tem Eduardo Cunha como um dos seus principais líderes - e, pasmem, comandante do processo de impedimento - não pode sair da crise como o salvador da nação. Mas também não podemos permitir que o descalabro do governo Dilma Rousseff (PT) prossiga. Chegou a hora de dizer "basta" à corrupção como um todo, sem olhar a cor da bandeira. Chegou a hora de dizer "chega" e de fazer uma limpeza na política. Os velhos caciques, que se alimentam do governo há décadas, não podem garfar o poder outra vez em benefício próprio.
Deputado federal (Rede)
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