Abdeslam é extraditado da Bélgica para a França

O advogado de Salah Abdeslam - membro do Estado Islâmico (EI) e principal suspeito dos ataques na França em janeiro deste ano - informou ontem que as principais investigações contra seu cliente são assassinatos terroristas e uso de armas e bombas. Ontem, Abdeslam foi extraditado de Bruxelas, na Bélgica, para Paris, onde deve permanecer em uma prisão de segurança máxima. Ele será colocado em uma solitária com vigilância 24 horas.

Frank Berton, que informou que representaria Abdeslam - um francês de 26 anos de origem marroquina - antes de sua transferência, disse que seu cliente estava "pronto para cooperar" e "tem coisas a dizer e explicar sobre seu caminho à radicalização", bem como o seu papel nos ataques. No entanto, ele não assumiu a responsabilidade pelos outros. "Isso significa que será julgado pelos fatos e atos que ele cometeu, mas não pelos que ele não cometeu só porque ele é o único sobrevivente", ressaltou.

Após os ataques em Paris, Abdeslam fugiu para Bruxelas, na Bélgica, onde foi capturado quatro dias antes dos ataques no aeroporto e em uma estação da cidade no dia 22 de março, quando 32 pessoas morreram. O grupo EI também reivindicou a responsabilidade por esses ataques.