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TRAGÉDIA

- Publicada em 26 de Abril de 2016 às 21:43

Ucrânia lembra os 30 anos do desastre nuclear de Chernobyl

Flores foram depositadas sobre local que lembra as vítimas da tragédia

Flores foram depositadas sobre local que lembra as vítimas da tragédia


ANATOLII STEPANOV/AFP/JC
Com flores, velas e lágrimas, a Ucrânia marcou ontem o 30º aniversário da explosão de um reator da usina de Chernobyl, o pior desastre nuclear da história, em 1986. Vários sobreviventes disseram que o caos daquele período ficou marcado na memória para sempre. Em Slavutych, onde foram realocados muitos dos ex-funcionários, foram realizadas várias cerimônias ontem.
Com flores, velas e lágrimas, a Ucrânia marcou ontem o 30º aniversário da explosão de um reator da usina de Chernobyl, o pior desastre nuclear da história, em 1986. Vários sobreviventes disseram que o caos daquele período ficou marcado na memória para sempre. Em Slavutych, onde foram realocados muitos dos ex-funcionários, foram realizadas várias cerimônias ontem.
Cerca de 600 mil pessoas foram enviadas para lutar contra o fogo e limpar a pior parte da contaminação. A explosão inicial do reator matou ao menos 30 pessoas e expôs milhões a um nível perigoso de radiação. O número final de mortos é controverso, já que é difícil calcular exatamente quantos foram os afetados no longo prazo. O número de óbitos varia desde os 9 mil estimados pela Organização Mundial de Saúde até os 90 mil calculados pelo Greenpeace.
Trinta anos depois, muitos não conseguiram conter as lágrimas ao levar flores e velas a um monumento dedicado aos trabalhadores mortos. "Estou orgulhoso daqueles homens que estiveram aqui comigo e que agora já não estão aqui", comentou Andry Veprev, que trabalhou na usina durante 14 anos e ajudou a limpar a contaminação.

Escudo gigante irá proteger reator da antiga usina e impedir novos acidentes

Em um canteiro de obras montado ao lado do reator número 4 da antiga usina de Chernobyl, uma espécie de escudo gigante feito de aço, construído a partir de um projeto de colaboração e financiamento internacional, está sendo finalizado. Trata-se da maior estrutura móvel do mundo, com 108 metros de altura, 250 metros de largura e 150 metros de comprimento.
A dimensão equivale a um prédio de 36 andares e com área onde caberiam pelo menos três campos de futebol. Já são quatro anos de trabalho para criar a estrutura, que deve ser movida sobre o reator em novembro.
Em relatório divulgado neste mês, o Greenpeace criticou não só os altos custos do projeto - mais de ¤ 2 bilhões - e a demora em concluí-lo, mas, principalmente, o fato de que, até agora, quase nada foi feito em busca de solução de longo prazo para tornar o reator danificado em um sistema ambientalmente seguro.