Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

saúde

- Publicada em 29 de Abril de 2016 às 17:40

Brasileiros ainda negligenciam as consequências da pneumonia, mostra estudo

Os recentes casos de óbitos provocados pelo vírus H1N1 provocaram um corre-corre em busca da vacina contra a gripe nos postos de saúde de todo o País. Com a queda das temperaturas, a tendência é de que o número de ocorrências aumente, especialmente no Sul, onde a previsão é de inverno rigoroso neste ano. Embora a população se mostre precavida com a gripe, ainda é um pouco negligente em relação a uma de suas consequências mais graves: a pneumonia. Esse é um dos dados que chamam a atenção na pesquisa Retratos da Pneumonia, elaborada pelo Instituto Market Research a pedido da fabricante de medicamentos Pfizer e divulgada recentemente, em São Paulo.
Os recentes casos de óbitos provocados pelo vírus H1N1 provocaram um corre-corre em busca da vacina contra a gripe nos postos de saúde de todo o País. Com a queda das temperaturas, a tendência é de que o número de ocorrências aumente, especialmente no Sul, onde a previsão é de inverno rigoroso neste ano. Embora a população se mostre precavida com a gripe, ainda é um pouco negligente em relação a uma de suas consequências mais graves: a pneumonia. Esse é um dos dados que chamam a atenção na pesquisa Retratos da Pneumonia, elaborada pelo Instituto Market Research a pedido da fabricante de medicamentos Pfizer e divulgada recentemente, em São Paulo.
Realizado em seis capitais brasileiras, inclusive Porto Alegre, o estudo ouviu 600 pessoas, sendo que todas elas foram acometidas pela enfermidade pelo menos uma vez. Quando questionados se acreditavam que poderiam ter feito algo para prevenir a pneumonia, apenas 56,7% dos entrevistados disseram que sim. No entanto, boa parte (38,8%) deu respostas como "poderia ter evitado a friagem", o que, segundo os médicos, é apenas um mito. Ninguém, porém, citou a vacina contra a pneumonia.
"As pessoas ainda pensam que a imunização é necessária apenas para crianças. É uma questão cultural que leva muita gente a chegar à maturidade desprotegida contra doenças potencialmente fatais como a pneumonia", afirma o pneumonologista Mauro Gomes, coordenador da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
A associação com a infância faz sentido. Por muitos anos, as crianças pequenas foram as principais vítimas da pneumonia no País. A consolidação das campanhas de vacinação provocou um declínio de casos nessa faixa etária. Porém, o acelerado processo de envelhecimento dos brasileiros, associado à falta de estratégias que promovam uma mudança de hábito desse segmento da população, já resulta em números alarmantes.
Segundo o DataSUS, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, em 2015, o número de adultos com mais de 50 anos hospitalizados por pneumonia na rede pública correspondia a 45,7% (de 626.321), contra 32,5% de pacientes com menos de quatro anos. Em 2009, um ano antes do início da vacinação infantil em massa, das 808.350 internações pelo SUS, as crianças correspondiam a 39,8% dos casos, e os adultos acima de 50 anos, a 30,7%. Ou seja, o panorama está mudando.
Para incentivar a vacinação da população mais velha, a SBPT, juntamente com a Pfizer e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), vai percorrer sete estados com a campanha "Pneumonia pneumocócica tem vacina". A iniciativa, que inclui ações em parques e shopping centers e plataforma digital (pneumoniatemvacina.com.br), passará pela Capital, em data a definir. "Queremos sensibilizar a população e mostrar que a vacina é eficaz. Não podemos negligenciar uma doença com consequências tão graves", alerta o presidente eleito da SBPT, Fernando Luiz Lundgren.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2016/05/01/206x137/1_pneumo-484445.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'57268f476643c', 'cd_midia':484445, 'ds_midia_link': 'http://jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2016/05/01/pneumo-484445.jpg', 'ds_midia': 'Pneumonia', 'ds_midia_credi': 'arte/JC', 'ds_midia_titlo': 'Pneumonia', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '491', 'cd_midia_h': '626', 'align': 'Left'}

Mais abrangente, vacina Prevenar 13 está disponível somente em clínicas privadas

Entre os mitos relativos à pneumonia, está o de que quem se vacinar contra a gripe automaticamente estará protegido contra a primeira. "São coisas completamente diferentes. É importante receber as duas imunizações, especialmente se a pessoa pertencer a um dos grupos vulneráveis", observa a médica Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Menores de dois anos, idosos, grávidas e portadores de doenças crônicas são mais afetados por infecções decorrentes de uma gripe severa e, portanto, mais suscetíveis a contrair pneumonia. No entanto, a imunização pelo SUS ainda é restrita: apenas a vacina pneumocócica 10-valente, indicada para bebês, foi incorporada ao calendário básico.
Para a população mais velha, a alternativa é recorrer a clínicas privadas, que disponibilizam a Prevenar 13, fabricada pela Pfizer, que protege contra os 13 sorotipos da bactéria pneumococo mais prevalentes em todo o mundo.
"É uma briga nossa incluir essa e outras vacinas na rede pública, mas, por enquanto, não há previsão de entrada no calendário do SUS", lamenta Isabella. Tomada em dose única, a Prevenar 13 custa entre
R$ 200,00 e R$ 250,00.