Mais sete pessoas morreram por complicações de vírus da Gripe A no Rio Grande do Sul. O total de óbitos em 2016 subiu a 25 casos, segundo o boletim mais recente, divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) na manhã desta sexta-feira (29), em Porto Alegre. Neste sábado, postos de saúde abrem para vacinar o público alvo. Na Capital, serão 142 unidades abertas das 8h às 17h.
Foram seis mortes por Influenza A (H1N1) confirmados nos últimos dias. O levantamento anterior havia apontado para 18 mortes, 17 pelo mais letal (H1N1) da Gripe A. O H1N1 gera agravamento maior e mais rápido do quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dos infectados e foi associado à epidemia de 2009, levando 298 pessoas à morte no Estado (2.871 infectados). O outro óbito teve relação com o Influenza A sem identificação do subtipo.
No total de casos que não resistiram ás complicações da virose, são 23 de H1N1 e dois indicado como não subtipado. Já os casos infectados de Gripe A alcançam 89 este ano, 79 pelo subtipo H1N1. Outros dez são do não identificado.
Em 2015, foram registradas nove mortes por Influenza A, seis por H1N1. Em 2014, o vírus foi responsável por 12 dos 25 óbitos por Gripe A. O crescimento dos caso este ano - que agora já iguala ao de 2014 e com maior infecção pelo H1N1 - provoca maior corrida à vacinação em postos de saúde (onde a dose é gratuita ao público alvo) e clínicas privadas, que apontam falta de material.
Neste sábado, Porto Alegre (seis mortes pelo H1N1 e 29 casos de Gripe A este ano), terá 142 unidades abertas para imunizar as populações prioritárias - de crianças pequenas, gestantes, idosos (mais de 60 anos) e portadores de doenças crônicas (que devem apresentar prescrição médica ou receita da medicação usada). É o dia D da campanha nacional.
A prefeitura solicitou à SES o reforço de doses para evitar o desabastecimento. Filas em postos se formam desde segunda-feira (25), quando começou a campanha na Capital, antecipando a demanda. Também é efeito da maior procura pela população diante do aumento da mortalidade.
Quem pode vacinar nos postos de graça:
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Gestantes (em qualquer idade gestacional)
- Puérperas (até 45 dias após o parto)
- Crianças de seis meses a menores de cinco anos
- Povos indígenas
- Pessoas de cinco a 59 anos portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (conforme listagem definida pelo Ministério da Saúde em conjunto com sociedades científicas) - Importante: levar prescrição médica ou receita da medicação usada para comprovar a condição.
- Trabalhadores da área da Saúde (todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade)