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- Publicada em 20 de Abril de 2016 às 21:19

Internet limitada é atacada também no exterior

A adoção de limites de dados para a internet fixa, como planejam operadoras brasileiras, não será uma exclusividade brasileira. Em países mais maduros tecnologicamente, como os Estados Unidos ou o Reino Unido, também há franquias --não sem gerar críticas.
A adoção de limites de dados para a internet fixa, como planejam operadoras brasileiras, não será uma exclusividade brasileira. Em países mais maduros tecnologicamente, como os Estados Unidos ou o Reino Unido, também há franquias --não sem gerar críticas.
No mercado americano, 7 das 13 maiores companhias do setor adotam essa estratégia em alguma escala, segundo o GAO (órgão do Congresso). Os clientes podem escolher entre planos com ou sem limites. E alguns virtualmente ilimitados: na AT&T, o volume chega a 1 terabyte de dados nos pacotes mais caros.
Pelo mundo, há pressões para que esse modelo cresça, por motivos que, no discurso das prestadoras de serviço, vão da necessidade de controlar o tráfego em suas redes a ser justo: quem consome mais paga mais.
Eduardo Trude, presidente da consultoria Teleco, diz que há uma mudança gradual na forma como as operadoras cobram pelo serviço --em vez de pela velocidade disponível, destacar o volume de dados do pacote. "Ter 15 Mbps, 30 Mbps de velocidade faz pouca diferença. O que as pessoas consomem mesmo são os dados."
Um dos problemas é fazer o cliente se acostumar à ideia. Luiz Santin, diretor da consultoria Nextcomm, afirma que não é possível apenas importar o modelo americano. "O mercado brasileiro é menos maduro, a baixa renda foi ter acesso [à banda larga] só nos últimos cinco anos. É preciso debater o quanto isso impacta no poder de compra."
Mesmo nos EUA há quem considere que os clientes ainda se confundem. Em 2014, o GAO fez testes presenciais com americanos e descobriu que eles "estavam claramente confusos sobre seu uso de dados e não têm ideia de quanto consomem".
Um dos efeitos disso é o consumidor passar a usufruir menos da rede, por medo de estourar o pacote. "Limites restritos de dados e o clima de escassez que eles promovem podem afetar o comportamento on-line de modo negativo, especialmente para comunidades de baixa renda", diz o centro de estudos americano Open Technology Institute no relatório "Artificial Scarcity", de 2015. "De repente, um curso virtual grátis gera o risco de uma taxa adicional significativa."
Pelas regras estabelecidas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), as operadoras terão de criar ferramentas para medir o esgotamento dos pacotes.
Folhapress
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