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- Publicada em 07 de Abril de 2016 às 23:01

Tramandaí tem terceiro vazamento em 4 anos

Equipes trabalham para evitar que óleo chegue ao litoral

Equipes trabalham para evitar que óleo chegue ao litoral


FEPAM /DIVULGAÇÃO/JC
O derramamento de cerca de 2,5 mil litros de petróleo no Terminal de Osório, da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), em Tramandaí, Litoral Norte, na noite de quarta-feira, será investigado pelas polícias Civil e Federal e pelo Ministério Público. O vazamento teria ocorrido devido ao rompimento de um cabo de amarração que ligava um navio à monoboia. O estrago só não foi maior porque a operação de descarregamento foi paralisada devido ao mau tempo. Em quatro anos, é o terceiro vazamento no mesmo local.
O derramamento de cerca de 2,5 mil litros de petróleo no Terminal de Osório, da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), em Tramandaí, Litoral Norte, na noite de quarta-feira, será investigado pelas polícias Civil e Federal e pelo Ministério Público. O vazamento teria ocorrido devido ao rompimento de um cabo de amarração que ligava um navio à monoboia. O estrago só não foi maior porque a operação de descarregamento foi paralisada devido ao mau tempo. Em quatro anos, é o terceiro vazamento no mesmo local.
A presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Ana Pellini, considera que o impacto ambiental não será significativo. "Vamos esperar que o líquido se dissolva naturalmente. O importante é evitar que o petróleo chegue à areia. Daí, sim, teríamos que removê-la, e isso seria danoso", comenta. Biólogos da fundação afirmam que os animais marinhos não serão prejudicados, uma vez que a camada de petróleo é muito fina. "Não vale a pena chupar o óleo nem usarmos ingredientes para dissolvê-lo", alega Ana. A Fepam cogita o lançamento de barreiras flutuantes para posterior sucção da mancha.
O promotor de Justiça Fernando Andrade Alves acompanhou os peritos ambientais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) durante a coleta de materiais. Conforme ele, o evento foi "visualmente grave". "Vimos uma grande mancha de óleo. A perícia dirá se o volume que vimos caracterizará dano ambiental. A princípio, pelo que vimos, se caracteriza", afirma.
O Ministério Público gaúcho instaurou um inquérito civil público para averiguar o que ocorreu. "Há questões a serem esclarecidas. Por exemplo, fala-se que rajadas de cerca de 100km/h estavam ocorrendo. (O descarregamento de óleo) poderia estar operando em uma situação dessas?", observa.
Alves se diz receoso quanto ao volume de óleo que teria vazado. Conforme ele, o cálculo de 2,5 mil litros teria relação com a área do mar atingida pela mancha. "Falou-se em 1,4 quilômetro de extensão da mancha, mas, visualmente, parecia ser maior."
A delegada Marina Goltz, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil, confirmou a instalação de um inquérito policial para apurar o fato. Há possibilidade de crime ambiental ou omissão por parte da empresa. "Somente a avaliação de um perito vai confirmar a ocorrência de dano ambiental", explica.
A Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph) da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul também irá abrir um inquérito policial para investigar o caso.
Esse é o terceiro vazamento de óleo na região desde 2012. Em janeiro daquele ano, 1,2 milhão de litros de óleo foram derramados em Tramandaí. Mais tarde, em julho de 2014, 4 mil litros foram liberados no mar.
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