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Economia

- Publicada em 29 de Abril de 2016 às 21:39

Embraer volta a lucrar, mas ações caem 4%

Agência Estado
A Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2016 com lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 385,7 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 196,1 milhões apurado no mesmo período do ano passado. No entanto, a redução das margens da companhia acabou sendo mal recebida pelos investidores, que castigaram as ações da fabricante de aeronaves brasileira na BM&FBovespa. Depois de entrar em leilão e chegar a perder mais de 9% durante o pregão, o papel da companhia fechou o dia em queda de 3,96%, cotado a R$ 20,57.
A Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2016 com lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 385,7 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 196,1 milhões apurado no mesmo período do ano passado. No entanto, a redução das margens da companhia acabou sendo mal recebida pelos investidores, que castigaram as ações da fabricante de aeronaves brasileira na BM&FBovespa. Depois de entrar em leilão e chegar a perder mais de 9% durante o pregão, o papel da companhia fechou o dia em queda de 3,96%, cotado a R$ 20,57.
Além de a empresa ter sentido a queda nas margens, pelo resultado ajustado, que exclui os efeitos do imposto de renda e da contribuição social diferidos no período, a Embraer contabilizou prejuízo líquido de R$ 5,7 milhões entre janeiro e março de 2016. No mesmo intervalo do ano passado, a companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 131,1 milhões, apesar de o resultado atribuído aos acionistas ter sido negativo.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) somou R$ 643,8 milhões nos três primeiros meses de 2016, uma alta de 50% frente aos R$ 429 milhões registrados um ano antes. A margem Ebitda caiu para 12,8%, contra 14% registrada no primeiro trimestre de 2015.
O vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores da Embraer, José Antonio Filippo, afirmou nesta sexta-feira, 29, que a margem bruta da companhia no primeiro trimestre de 2016 foi impactada pelo mix menos favorável de entregas no segmento de aviação executiva. "Neste trimestre, tivemos um mix desfavorável no segmento, com uma participação maior do Legacy 650", afirmou Filippo hoje, durante teleconferência com jornalistas.
As receitas líquidas cresceram 64,5% entre janeiro e março de 2016, para R$ 5,048 bilhões, contra R$ 3,07 bilhões registrados um ano antes. Na análise por segmento de negócios, a aviação comercial da Embraer teve a maior fatia de receita líquida no primeiro trimestre de 2016. A unidade ficou com 54,5% no total das receitas; o segmento, no entanto, perdeu participação em relação ao mesmo período do ano passado, quando contribuiu com 62,8% do faturamento.
A aviação executiva foi responsável por uma fatia de 30,3% da receita da Embraer no primeiro trimestre de 2016, com uma cifra de R$ 1,53 bilhão; em 2015, o segmento havia representado 16% da receita da companhia. Foram entregues, no primeiro trimestre de 2016, 12 jatos leves e 11 jatos grandes, totalizando 23 aeronaves no segmento; no mesmo intervalo do ano passado, o total de entregas foi de 12 jatos.
Entre janeiro e março, o segmento de defesa e segurança contribuiu com 14,7% da receita, ou R$ 739,4 milhões. No primeiro trimestre de 2015, a fatia da segurança era de 20%.
Em relação a uma das apreensões do mercado em relação à companhia - a dependência do governo -, Filippo afirmou acreditar que os compromissos a empresa serão respeitados, independente do desfecho das turbulências políticas do País.
"O Brasil tem enfrentado certa turbulência com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff", disse o executivo, durante teleconferência com analistas estrangeiros, hoje. "Se as condições macroeconômicas melhorarem, claro que o compromisso para o cumprimento será ainda maior", ressaltou.
Em relação aos impactos de uma possível desvalorização do real ante o dólar para a Embraer, o vice-presidente executivo da companhia afirmou que ainda é prematuro prever o que poderá acontecer com o resultado da empresa em relação às variações cambiais.
Em seu balanço, a Embraer afirma que ter hedge (seguro) financeiro para reduzir a exposição do seu fluxo de caixa em 2016 - cerca de 10% da receita líquida da companhia é denominada em reais, enquanto aproximadamente 20% dos custos totais são denominados na moeda brasileira. "Ter os custos denominados em reais maiores do que as receitas gera tal exposição", diz a companhia em seu informe de resultados.
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