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Turismo

- Publicada em 01 de Maio de 2016 às 21:57

Apart-hotéis compartilhados ganham importância no País

Encontro das Águas Thermas Resort, em Caldas Novas (GO), já vendeu 100% das suas cotas imobiliárias

Encontro das Águas Thermas Resort, em Caldas Novas (GO), já vendeu 100% das suas cotas imobiliárias


RMEX/DIVULGAÇÃO/JC
Muito comum nos Estados Unidos e no Caribe, o segmento de turismo compartilhado tem se propagado pelo País, a ponto das projeções de crescimento de vendas alcançarem o patamar de 60% frente a 2015. Já considerados uma nova tendência do mercado imobiliário - por apresentarem perspectivas mais otimistas que os demais produtos do setor em meio à crise econômica -, os empreendimentos fracionados têm sido estratégicos para os negócios de algumas incorporadoras e devem movimentar mais de R$ 2 bilhões em 2016. Ainda em processo embrionário, esta alternativa tem conquistado públicos de todas as classes, principalmente os de categoria C e B, interessados em manter uma casa de veraneio sem arcar sozinhos com os custos de manutenção, segurança, impostos, entre outros.
Muito comum nos Estados Unidos e no Caribe, o segmento de turismo compartilhado tem se propagado pelo País, a ponto das projeções de crescimento de vendas alcançarem o patamar de 60% frente a 2015. Já considerados uma nova tendência do mercado imobiliário - por apresentarem perspectivas mais otimistas que os demais produtos do setor em meio à crise econômica -, os empreendimentos fracionados têm sido estratégicos para os negócios de algumas incorporadoras e devem movimentar mais de R$ 2 bilhões em 2016. Ainda em processo embrionário, esta alternativa tem conquistado públicos de todas as classes, principalmente os de categoria C e B, interessados em manter uma casa de veraneio sem arcar sozinhos com os custos de manutenção, segurança, impostos, entre outros.
Atualmente, existem 33 resorts e hotéis com sistema de uso compartilhado em operação ou comercialização em todo o País. Para se ter uma ideia de como o segmento tem obtido sucesso, o primeiro lançamento ocorreu há seis anos. Nos próximos meses, ocorrem pelo menos duas inaugurações. Uma delas é o Malai Manso Hotel Iate Golfe e Resort, localizado na cidade de Chapada dos Guimarães (MT). A área fica próxima a Cuiabá, às margens do Lago de Manso, que pode ser admirado do Morro do Chapéu e do Morro do Navio, além de ser local para a prática de esportes náuticos.
Outro empreendimento de grande porte que será entregue em junho é o Resort Encontro das Águas, em Caldas Novas (GO), com 384 apartamentos com venda compartilhada. "Já foram vendidas 100% das cotas imobiliárias", comemora o gerente de inteligência de negócios da RMEX - Construtora e Incorporadora, Rodrigo Souza Martins. Este é o terceiro empreendimento da empresa, que administra outros dois hotéis menores na mesma região. Martins enumera a lista de vantagens do comprador de uma cota de um dos apart-hotéis para férias construído pela RMEX, entre elas o baixo custo de aquisição (R$ 35 mil por usuário), o tempo disponível para utilização (que pode chegar a até quatro semanas) e a possibilidade de ratear o valor do condomínio com outros 12 proprietários.
Mas há variações para preços, prazos e número de cotas. "Temos apartamentos de 13, 26 e 52 proprietários", informa o sócio-diretor da Up Administradora de Empreendimentos, João Paulo Mansano. "Vendemos uma semana/ano para cada família, que também pode optar por usar este período em uma das 5 mil hospedagens credenciadas na RCI - Intercambiadora de Férias, com afiliados no mundo inteiro", descreve o empresário. Desde agosto de 2015, a Up Administradora vem comercializando frações do Hot Beach Suítes, um complexo localizado em frente a um parque aquático (ambos em construção), em Olímpia (SP). Serão 442 apartamentos, com previsão de entrega em agosto de 2018.
"A média de espera é de quatro a cinco anos, dependendo da obra", explica o gerente de Estratégias em Novos Negócios da WAN Brasil - Incorporadora e Comercializadora, Danilo Samezima. "Neste período, é preciso um player que desenvolva a parte turística do cliente, para que ele possa continuar viajando. É aí que entram as intercambiadoras, e o ideal é que estejam focadas em destinos que o comprador da cota costuma ir, para suprir este tempo de espera pela propriedade." A WAN Brasil, de Goiás, tem projetos em Caldas Novas (GO), Olímpia (SP), Porto Seguro (BA) e está em fase de avaliação para aderir a um de três empreendimentos previstos para Gramado no segundo semestre.

Sistema será estreado no Estado até 2018 com projeto em Gramado

No principal destino da Serra gaúcha, existe um projeto em andamento que irá estrear o sistema de apart-hotéis compartilhados no Rio Grande do Sul, servindo de modelo para outros negócios do ramo. O projeto Gramado Termas Park, de autoria dos mesmos empreendedores do Snowland, prevê 300 apartamentos e inclui ainda a construção de um parque aquático. O complexo deve fisgar consumidores de classe A e tem previsão para ser inaugurado em 2018.
"Gramado é um dos destinos de inverno do Brasil mais estruturados para receber turistas", observa o consultor Caio Calfat, diretor-geral da Caio Calfat Real Estate Consulting, que recentemente realizou um levantamento junto às maiores comercializadoras de turismo compartilhado no País. Calfat chama atenção para um detalhe que faz toda a diferença na escolha do destino, na hora de empreender um negócio do ramo. "Precisa haver uma alavanca, e, neste sentido, o Snowland é perfeito, pois é uma turística mundial, que justifica a construção de resort do tamanho previsto para o Gramado Termas Park."
Segundo Calfat, o produto fracionado é "muito novo" no mercado e tem chamado a atenção de incorporadoras em poucos destinos do Brasil, como Caldas Novas, Olímpia, Porto Seguro e Gramado. "Atualmente, o dinheiro está no Centro-Oeste, por causa da exportação de soja, em tempos de dólar alto", comenta. Na opinião do consultor, isso explica o número de empreendimentos do gênero que têm se concentrado nestas regiões. "Os consumidores de Cuiabá, Goiânia e Campo Grande preferem uma segunda residência próxima de onde eles moram, pois não têm praia, então optam por parques aquáticos."