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Economia

- Publicada em 28 de Abril de 2016 às 18:55

Lucro do Bradesco cai 3,8% no 1º trimestre

A provisão para calote da Sete Brasil derrubou o lucro do Bradesco no primeiro trimestre deste ano. Em teleconferência para detalhar os resultados do banco, Luiz Carlos Angelotti, diretor-gerente e de relações com investidores, não confirmou o nome da empresa, mas afirmou que a provisão, que chegou a
A provisão para calote da Sete Brasil derrubou o lucro do Bradesco no primeiro trimestre deste ano. Em teleconferência para detalhar os resultados do banco, Luiz Carlos Angelotti, diretor-gerente e de relações com investidores, não confirmou o nome da empresa, mas afirmou que a provisão, que chegou a
R$ 836 milhões, é para possíveis perdas com uma companhia do setor de óleo e gás. Acionistas da Sete Brasil aprovaram o pedido de recuperação judicial da companhia no dia 20 de abril.
Angelotti disse ainda que, agora, 70% do crédito contratado está provisionado e que o banco deve avaliar a necessidade de separar recursos para o restante do valor. "Se excluíssemos isso, o resultado do banco seria equivalente ao período anterior", disse.
Neste início de 2016, o Bradesco registrou a primeira queda sequencial no lucro em mais de quatro anos. O lucro recorrente - que exclui efeitos extraordinários - do período somou R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre do ano, queda de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015 e de 9,8% na comparação com os três meses anteriores. O lucro líquido contábil foi de R$ 4,12 bilhões, queda de 2,9% em relação a um ano antes e 5,3% menor do que o registrado no quarto trimestre de 2015.
A carteira de crédito total do Bradesco teve expansão zero nos 12 meses encerrados em março, está em R$ 463,208 bilhões. Houve uma queda de 10% nas concessões para pequenas e médias empresas, segmento que também registrou o maior aumento nos calotes, de 6,66%. O índice de inadimplência acima de 90 dias chegou a 4,2%, o pico em quase quatro anos. Um ano atrás, o índice tinha sido de 3,6%.
Num cenário de recessão continuada, o banco decidiu fazer uma provisão para perdas esperadas com calotes de R$ 5,448 bilhões, volume 30% maior em relação ao último trimestre do ano passado e um salto de 52,2% na comparação com o mesmo período de 2015.
Com isso, a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio, índice que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, ficou em 17,5%, queda de 3 pontos percentuais nas comparações mensal e anual. Foi o pior desempenho em pelo menos uma década.
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