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Economia

- Publicada em 21 de Abril de 2016 às 22:36

Justiça Federal suspende venda da Gaspetro

Subsidiária reúne as participações da estatal em distribuidoras estaduais de gás natural

Subsidiária reúne as participações da estatal em distribuidoras estaduais de gás natural


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Único grande desinvestimento confirmado pela Petrobras, a venda de participação da Gaspetro para o grupo japonês Mitsui foi suspensa por decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Uma decisão liminar da 28ª Vara Federal determinou a suspensão no último dia 13, mas a decisão só foi publicada no Diário Oficial de quarta-feira, dia 20. A ação foi movida em outubro do ano passado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne 14 entidades sindicais da categoria em todo o País.
Único grande desinvestimento confirmado pela Petrobras, a venda de participação da Gaspetro para o grupo japonês Mitsui foi suspensa por decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Uma decisão liminar da 28ª Vara Federal determinou a suspensão no último dia 13, mas a decisão só foi publicada no Diário Oficial de quarta-feira, dia 20. A ação foi movida em outubro do ano passado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne 14 entidades sindicais da categoria em todo o País.
Esta é a segunda decisão judicial contrária à venda da subsidiária da Petrobras, que reúne as participações da estatal em distribuidoras estaduais de gás natural canalizado. Em janeiro, a Justiça Federal da Bahia já havia determinado, em liminar, a suspensão do negócio. A liminar ainda está em vigor, segundo a Petrobras, que recorreu da decisão e aguarda o julgamento de recursos. A venda foi consumada em dezembro, no valor de R$ 1,93 bilhão, e já consta no balanço financeiro da estatal do último ano.
Na decisão, o juiz Alcides Martins Ribeiro Filho, da 28ª Vara Federal do Rio avalia que a transação violou "princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade e eficiência". A liminar considera indisponíveis as ações adquiridas pelo grupo japonês Mitsui, que totalizam 49% de participação na subsidiária.
A Petrobras confirmou ter sido intimada da decisão e avalia as medidas judiciais cabíveis. Para a estatal, a nova liminar não suspende a operação de venda, mas determina que "a compradora não poderá dispor das ações adquiridas". Isso significa, na prática, que a Mitsui, não poderá fazer quaisquer negócios com as ações, como sua venda, enquanto a liminar estiver em vigor.
A estatal disse ainda que foi notificada da decisão do juiz e "avalia as medidas judiciais cabíveis". A companhia reiterou "que, conforme anunciou em 28 de dezembro de 2015, realizou a operação de venda dentro da absoluta legalidade, após as aprovações necessárias". Em relação à liminar concedida pela Justiça da Bahia no início do ano, a Petrobras informou que continua em vigor e com recursos pendentes de julgamento.
Em nota, a FUP informou que a ação questiona "legitimidade e a transparência" da transação. A federação questiona, no processo, um possível conflito de interesses na condução da transação. O grupo Mitsui possui mais de 13 empresas no País e participações em diversos ramos de negócios.
"As ações da subsidiária foram vendidas por R$ 1,9 bilhão, que é menos da metade das estimativas feitas pelos bancos JP Morgan e Brasil Plural que calcularam o negócio em US$ 1,3 bilhão, ou seja, mais de R$ 5 bilhões", questiona a nota da federação.
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