Shopping Total migrará para o mercado livre de eletricidade

Mais um grande consumidor de energia no Rio Grande do Sul está deixando o mercado cativo (atendido pela distribuidora local) pelo mercado livre (formado por clientes de maior porte que podem escolher de quem vão comprar a eletricidade). O Shopping Total, em Porto Alegre, está ultimando a formalização desse processo e o ingresso deve ocorrer até novembro.

O superintendente da empresa, Eduardo Oltramari, ressalta que o principal motivo da iniciativa é a expectativa de uma redução de aproximadamente 25% no custo de energia. O dirigente prefere não revelar o montante que será poupado com a medida. De acordo com o executivo, essa economia será transferida para as lojas que ocupam o espaço do shopping. O ar-condicionado é o equipamento que representa o consumo mais elevado do Total, significando em torno de 45% dos desembolsos com a eletricidade. Para fazer a mudança para o mercado livre, será preciso adaptar o sistema de medição de consumo que deve implicar para o Total um gasto de cerca de R$ 40 mil.

Podem transformar-se em consumidores livres, para o uso de qualquer tipo de fonte de geração de energia, empresas que tenham carga acima de 3 MW e também quem tem carga entre 0,5 MW e 3 MW, através da aquisição de energia especial, ou seja, de pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, eólicas, solar e biogás. Apesar do Total possuir a opção de escolha por qualquer tipo de geração (já que tem uma demanda contratada de 3,3 MW), o diretor da Siclo Consultoria em Energia Paulo Milano comenta que há uma boa proposta de contrato através de fonte de energia especial, que deverá ser aceita. A Siclo está auxiliando o shopping na migração.

O consultor salienta que o contrato de compra de energia do Total deverá ter uma duração de três anos. O perfil do shopping favorece a migração, pois verifica previsibilidade de demanda e consumo.