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Economia

- Publicada em 07 de Abril de 2016 às 23:11

Funcionários da Manlec fecham loja em protesto por atraso nos salários

Empregados reclamam de seis meses de salários, benefícios e direitos atrasados

Empregados reclamam de seis meses de salários, benefícios e direitos atrasados


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Alegando seis meses de salários, benefícios e direitos atrasados, os funcionários da Manlec fecharam as portas da única loja do grupo que restou na Capital, na avenida Assis Brasil. Desde sexta-feira da semana passada, o grupo de empregados da matriz e do depósito protestam com cartazes e palavras de ordem na região. Entre as reclamações, além dos salários, os funcionários também acusam falta de condições de trabalho. "Não temos produto para vender, e até a energia elétrica já foi cortada", comenta uma das empregadas, que preferiu não se identificar.
Alegando seis meses de salários, benefícios e direitos atrasados, os funcionários da Manlec fecharam as portas da única loja do grupo que restou na Capital, na avenida Assis Brasil. Desde sexta-feira da semana passada, o grupo de empregados da matriz e do depósito protestam com cartazes e palavras de ordem na região. Entre as reclamações, além dos salários, os funcionários também acusam falta de condições de trabalho. "Não temos produto para vender, e até a energia elétrica já foi cortada", comenta uma das empregadas, que preferiu não se identificar.
O depósito da Manlec, na zona Norte de Porto Alegre, também estaria funcionando apenas com geradores, ainda que praticamente vazio. Na quarta-feira, a empresa teria proposto a destinação de metade do lucro das vendas para a quitação dos débitos, caso os funcionários voltassem ao trabalho. Em assembleia, os empregados rejeitaram a proposta, alegando que não há o que vender. O diretor sindical, Ezequias Machado da Silva, comenta que a situação se agravou a partir de novembro do ano passado. "Antes, estavam atrasando, mas, em algum momento, acabavam pagando", conta. Plano de saúde, cesta básica, previdência e FGTS dos 126 funcionários também estariam atrasados.
O advogado responsável pela recuperação judicial do grupo, João Medeiros Fernandes Junior, admite os atrasos e afirma entender a situação dos trabalhadores, mas lamenta a greve. "Para uma empresa do varejo, não há como gerar valor sem a loja aberta", argumenta o advogado, que afirma que os débitos "são alvo de constante negociação com o sindicato". Ele defende que, embora sem estoque, há produtos para a venda por conta do enxugamento da rede para as 10 lojas atuais.
"Se for decretada a falência, até termos os leilões e correr todo o processo burocrático, vai demorar muito para que recebam os valores devidos", continua o advogado, lembrando que já há, no plano aprovado de recuperação judicial, a previsão de venda de um terreno na Capital avaliado em R$ 25 milhões.
O valor seria suficiente para a quitação dos passivos trabalhistas incluídos no plano, inclusive os funcionários demitidos em 2014 que, até hoje, não receberam. A dívida total do grupo, já com os descontos acordados no plano, está em R$ 55 milhões.
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