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Telecomunicações

- Publicada em 06 de Abril de 2016 às 19:10

Internet é acessada por mais da metade dos brasileiros

 Brasil, São Paulo, SP. 17/02/2015. Uso do celular a qualquer momento, mesmo na pausa para o cafezinho. - Crédito:ITACI BATISTA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:185069

Brasil, São Paulo, SP. 17/02/2015. Uso do celular a qualquer momento, mesmo na pausa para o cafezinho. - Crédito:ITACI BATISTA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:185069


ITACI BATISTA/AE/JC
O acesso à internet alcançou pela primeira vez mais da metade da população do País em 2014: 95,4 milhões de brasileiros com 10 ou mais anos de idade navegaram na rede em 2014. Mas o avanço ainda foi insuficiente para eliminar as diferenças de acesso entre as faixas de renda. Os pobres permanecem menos conectados.
O acesso à internet alcançou pela primeira vez mais da metade da população do País em 2014: 95,4 milhões de brasileiros com 10 ou mais anos de idade navegaram na rede em 2014. Mas o avanço ainda foi insuficiente para eliminar as diferenças de acesso entre as faixas de renda. Os pobres permanecem menos conectados.
Os dados são do Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O acesso à internet no Brasil aumenta conforme a faixa de renda do cidadão. Entre os que possuem renda domiciliar mensal per capita de até um quarto de salário-mínimo, apenas 28,8% têm acesso à rede. Embora tenha avançado 4,9 pontos percentuais no período de apenas um ano, quando apenas 23,9% desse contingente acessava a rede, o percentual ainda é muito inferior ao total de pessoas que acessam a internet na faixa com renda superior a 10 salários-mínimos: 91,5%.
Em 2014, 54,4% da população com 10 anos ou mais de idade utilizou a internet pelo menos uma vez nos 90 dias que antecederam a entrevista para a pesquisa. O resultado representa um aumento de 5,0 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Segundo o IBGE, quanto mais jovem, maior o uso da internet. O pico ocorre no grupo de 15 a 17 anos, com 81,8% dessa população conectada, e vai declinando com o avanço da faixa etária. Na faixa mais avançada, com mais de 60 anos, apenas 14,9% dos indivíduos acessam a internet. No entanto, o País tem mais idosos conectados. Em 2013, apenas 12,6% deles navegavam na rede.
O uso da internet mostrou ainda relação direta com escolarização, ocupação e tipo de profissão. Quanto mais escolarizado, maior o acesso à rede. No grupo com 15 anos ou mais de estudo: a conectividade chegou a 92,1% dos indivíduos. No grupo que possui até um ano apenas de estudo, somente 5,2% acessam a internet.
Em 2014, mais da metade (59,2%) das pessoas ocupadas usava a internet, enquanto essa proporção entre as não ocupadas era de 48,2%. Mas ambos os grupos tiveram aumento em relação a 2013: 5,4 e 4,3 pontos percentuais, respectivamente.
Todos os grupamentos ocupacionais também registraram uma proporção maior de pessoas com acesso à rede em relação a 2013. Os membros das forças armadas e auxiliares registraram a maior proporção de pessoas que utilizavam a internet (94,9%), seguidos pelos profissionais das ciências e das artes (93,7%), trabalhadores dos serviços administrativos (89,3%), técnicos de nível médio (87,1%) e dirigentes em geral (86,1%). Os únicos grupamentos com proporção de conectados inferior a 50% foram os trabalhadores dos serviços (49,7%) e os trabalhadores agrícolas (13,8%).
Os trabalhadores com menor alcance à internet foram os que estavam ocupados nas atividades agrícolas (com apenas 14,5% deles com acesso à rede), serviços domésticos (35,7%) e construção (41,8%). Apesar do resultado, os empregados dos serviços domésticos tiveram o maior aumento em relação ao ano anterior, com expansão de 7,4 pontos percentuais no total de conectados.

Pela 1ª vez, mais de 50% da população rural possui celular

Em 2014, pela primeira vez, mais da metade (52,5%) da população rural com 10 anos ou mais de idade tinha celular. Na área urbana, o percentual chegou a 82,3%. A parcela da população com 10 anos ou mais de idade que tinha telefone celular para uso pessoal chegou a 77,9% em 2014 (136,6 milhões de pessoas). Em relação a 2005, esse contingente cresceu 142,8%. Somente 36,6% da população tinha celular naquele ano. Frente a 2013, foram mais 6,4 milhões de pessoas com o aparelho, avanço de 4,9%.
Entre os ocupados, a presença de celular é maior: são 86,4% que possuem o bem. Em 2014, em quase todos os setores de atividade, a posse de telefone celular estava acima de 80%, com destaque para os seguintes: educação, saúde e serviços sociais (95,4%), administração pública (94,7%) e outros serviços sociais e pessoais (94,1%). A exceção ocorreu no setor agrícola, em que 55,6% das pessoas ocupadas possuíam esse equipamento.
Segundo o levantamento, da população sem celular, quase a metade (47,4%) era de trabalhadores agrícolas. De novo a renda é determinante para a posse do bem. Entre quem ganha mais de 10 salários-mínimos, 95,9% têm celular. Entre quem ganha até um quarto de salário-mínimo, essa parcela cai para 53%.