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Economia

- Publicada em 05 de Abril de 2016 às 17:12

Motoristas de caminhões-cegonha realizam manifestação na free way

Tabelamento de frete era exigência de caminhoneiros em greve

Tabelamento de frete era exigência de caminhoneiros em greve


FREDY VIEIRA/JC
Nesta terça-feira, 114 caminhões-cegonha realizaram uma manifestação, percorrendo trecho da BR-290 (free way) em velocidade reduzida. O "caminhonaço" se iniciou na frente da unidade da General Motors (GM) de Gravataí, às 10h, e se deslocou em direção ao trevo próximo da entrada do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em protesto contra as montadoras e empresas de logística para as quais os cegonheiros prestam serviço.
Nesta terça-feira, 114 caminhões-cegonha realizaram uma manifestação, percorrendo trecho da BR-290 (free way) em velocidade reduzida. O "caminhonaço" se iniciou na frente da unidade da General Motors (GM) de Gravataí, às 10h, e se deslocou em direção ao trevo próximo da entrada do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em protesto contra as montadoras e empresas de logística para as quais os cegonheiros prestam serviço.
Liderada pelo Sindicato das Pequenas e Microempresas de Transporte de Veículos do Rio Grande do Sul (Sintravers), a manifestação exigiu reajustes nos valores de frete e melhores condições de trabalho para os cegonheiros e durou cerca de três horas, encerrando com retorno à unidade da GM. "A margem de lucro das transportadoras que terceirizam o deslocamento da produção de carros que sai da planta de Gravataí para ser distribuída no País tem ocorrido em detrimento dos proprietários de caminhões-cegonha", explica o presidente do Sindicato, Silvio Dutra. "A defasagem do frete e o aumento dos insumos, como o óleo Diesel e pneus, têm prejudicado muito o setor, que se preparou para transportar 4,5 milhões de carros (estimativa repassada pela Fenabrave há dois anos), sendo que a projeção atual é de que a produção de 2016 não chegue nem a 2 milhões de unidades no País."
O dirigente afirma que os investimentos foram realizados por demanda das empresas de logística. "Nos vimos obrigados a comprar caminhões e carretas, com custos elevados. Agora, estamos com equipamentos ociosos e sob pressão das instituições financeiras, que solicitam o pagamento da frota adquirida." De acordo com Dutra, 40% das 3,8 mil carretas disponíveis para atender as transportadoras de logística estão paradas. Além deste prejuízo, os proprietários de caminhões-cegonha já estão precisando demitir funcionários e devolver equipamentos para saldar as dívidas com os bancos. "Cada conjunto de cavalo mecânico e carreta custa em média R$ 500 mil", calcula Dutra.
O presidente do Sintravers acredita que somente a retomada da produção pelas montadoras e a liberação de crédito para o consumo pelo governo podem reverter o atual quadro. "Para piorar, os preços dos insumos subiram, e não obtivemos reajustes dos contratos, que permitam a reposição do que é investido em pneus, diesel e salário dos motoristas." De acordo com Dutra, os contratos estão desatualizados em torno de 20%, o que justifica a manifestação do setor. "Vamos aguardar que as transportadoras nos chamem para uma negociação, caso contrário futuras manifestações estão previstas."
Motoristas de caminhões-cegonha também saíram em carreata em São Paulo para protestar contra os efeitos da crise econômica. A manifestação paulista, organizada pelo Sindicato Nacional dos Cegonheiros, teve início por volta das 10h no município de São Bernardo do Campo, onde está o estacionamento do Sindicato Nacional dos Cegonheiros. Ao menos 300 carretas participaram do ato, que ocupou uma faixa da pista da Rodovia dos Imigrantes, segundo a concessionária Ecovias.
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