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Economia

- Publicada em 04 de Abril de 2016 às 17:40

Desemprego é a principal causa da inadimplência

Do total, 66% dos inadimplentes no primeiro trimestre de 2016 são homens, mantendo tendência existente desde o início da série histórica, em março de 2012

Do total, 66% dos inadimplentes no primeiro trimestre de 2016 são homens, mantendo tendência existente desde o início da série histórica, em março de 2012


TREVOR COLLENS/AFP/JC
O desemprego é a principal causa da inadimplência dos consumidores brasileiros, aponta a pesquisa nacional Perfil do Consumidor Inadimplente, realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), referente ao primeiro trimestre. De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados não conseguiram pagar as contas em dia por conta desse fator, avanço de seis pontos percentuais (p.p.) em relação ao apurado no mesmo período do ano passado. Do total, 66% dos inadimplentes no primeiro trimestre de 2016 são homens, mantendo tendência existente desde o início da série histórica, em março de 2012.
O desemprego é a principal causa da inadimplência dos consumidores brasileiros, aponta a pesquisa nacional Perfil do Consumidor Inadimplente, realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), referente ao primeiro trimestre. De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados não conseguiram pagar as contas em dia por conta desse fator, avanço de seis pontos percentuais (p.p.) em relação ao apurado no mesmo período do ano passado. Do total, 66% dos inadimplentes no primeiro trimestre de 2016 são homens, mantendo tendência existente desde o início da série histórica, em março de 2012.
O desemprego tem afetado a inadimplência principalmente para as famílias que ganham até três e entre três a 10 salários-mínimos, com 49% e 34% das menções, impossibilitando-as de efetuarem o pagamento de suas contas regularmente. No primeiro trimestre do ano passado, esses percentuais eram de 41% e 30%, respectivamente.
Em segundo lugar das causas da inadimplência, os consumidores mencionaram a diminuição de renda (18% do total), alta de sete p.p. na mesma base de comparação, seguida de descontrole financeiro (15%, diminuição de 13 p.p). Esse último fator diminuiu nas três faixas de renda observadas: até três salários-mínimos (de 25% para 13%), entre três a 10 salários-mínimos (de 31% para 19%) e acima de 10 salários-mínimos (de 27% para 16%). Para aqueles com renda familiar acima de 10 salários-mínimos, aumentam os casos de "esqueceram de pagar", com 24% das citações, contra 19% do mesmo período do ano anterior.
O percentual de consumidores que declararam possuir apenas uma conta que causou a restrição passou de 40% para 49%, se comparado ao primeiro trimestre de 2015. A pesquisa da Boa Vista SCPC mostrou também que 17% possuem quatro contas ou mais em atraso, contra 23% registrados no mesmo trimestre do ano anterior.
Entre as famílias com renda de até três e entre três a 10 salários-mínimos, houve aumento da inadimplência em função do não pagamento de empréstimo pessoal. O percentual passou de 6% para 10% em ambos os perfis.
O otimismo dos consumidores apresentou queda de 4 pontos percentuais em comparação ao mesmo trimestre de 2015, passando de 80% para 76% das menções de que a relação recebimentos/gastos para os próximos meses estaria melhor. Para 24% deles, no ano de 2017, esta relação estará igual ou pior à atual.
Ainda de acordo com o levantamento, a situação econômica está deixando o consumidor retraído: 74% dos entrevistados não pretendem fazer novas compras nos próximos meses, tão logo consigam quitar as dívidas que causaram a restrição. Entre os que pretendem voltar às compras depois de saldados os compromissos, a compra de um carro zero km continua a ser o "sonho de consumo" (43%), três p.p. acima em relação ao ano anterior. A compra de imóveis surge em segundo lugar, mesmo diminuindo a intenção de 23% para 18% das menções.
O levantamento foi realizado pela Boa Vista SCPC, em todo o País, no período de 22 de fevereiro a 3 de março. Para a pesquisa, foram entrevistados 1.019 consumidores inadimplentes.
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